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4 de Outubro de 2021 às 07:52

Para o Sindicato, a saúde e a vida dos bancários sempre estarão acima dos lucros dos bancos


O mês de setembro foi marcado por inúmeras tentativas dos bancos em fazer com que os bancários e bancárias, que estavam em regime de teletrabalho (home office) desde o início da pandemia (em meados de março de 2020) retornassem imediatamente para o trabalho presencial, o que deixou ainda mais preocupado – e alerta – o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e demais representantes da categoria país afora.

Após os envios de documentos para os bancos e outras tentativas de abrir negociação sobre o tema com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), até agora apenas a direção nacional da Caixa demonstrou um pouco de consciência, ao atender ao pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e prorrogar o prazo do teletrabalho nas unidades do banco até o final de 2021.

Houve ainda a retomada, nesta sexta-feira (1º de outubro) da Mesa Permanente de Saúde da categoria bancária e a Fenaban para definir o protocolo de segurança contra a Covid-19, mas sem qualquer avanço para a categoria no tema em geral.

“Este ainda não é o momento ideal para o retorno ao trabalho presencial, pois sabemos que a pandemia não está controlada e que o ritmo de vacinação continua lento. Para que a situação seja considerada ‘adequada’ para que isso acontecesse, o país teria que ter, pelo menos, 70% de toda sua população vacinada, e sabemos que não chegamos nem a 40% disso”, esclarece Ivone Colombo, presidenta do SEEB-RO.

A dirigente destaca ainda que mesmo que o cenário mude para melhor, o processo de retorno precisa ser programado e gradual, e seguindo protocolos que assegurem a segurança e a saúde dos trabalhadores e clientes.

“Os próprios locais de trabalho precisam ser preparados para ter condições de receber todos os funcionários com os cuidados necessários para evitar riscos à saúde de todos. Queremos também que sejam feitos os exames médicos de retorno daqueles que voltarem ao trabalho presencial e a exclusão do processo de retorno dos trabalhadores de grupos de risco e dos que coabitam com pessoas deste grupo. E, sobretudo, somos a favor do ‘passaporte’, para que as pessoas que forem adentrar as agências tenham que apresentar o cartão da vacinação. Somos a favor de tudo que possa, de alguma forma, assegurar a saúde dos trabalhadores, porque esta é a nossa maior prioridade”, concluiu Ivone.


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