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16 de Maio de 2020 às 07:00

País registra recorde de mortes e Bolsonaro quer guerra contra isolamento social


No dia em que Brasil registrou 844 mortes por Covid-19 em 24 horas, Bolsonaro pediu a empresários da Fiesp guerra contra restrições de circulação para, diz ele, salvar a economia.

Sob o desgoverno de Jair Bolsonaro, que se mantém firme na decisão de acabar com o isolamento social, única maneira de conter a propagação do novo coronavírus, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil segue batendo recordes de mortes e contaminação pelo vírus.

Nesta quinta-feira (14), dia em que o país registrou novo recorde de 844 mortos em apenas 24 horas, em reunião virtual com representantes da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Bolsonaro pediu ajuda aos empresários para fazer guerra com os governadores que estão adotando medidas para reduzir a circulação e, consequentemente, o número de vítimas.

Com esse recorde de mortes em 24 horas, a taxa de letalidade da doença do Brasil foi de 6,9%, uma das maiores do mundo. A taxa padrão global é de cerca de 2%.

Segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado na tarde desta quinta, o país já registrou 13.944 mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. O total de pessoas contaminadas, de acordo com o Ministério, passou para 202.918. O número de óbitos e casos pode ser muito maior. Muitos estão sendo enterrados sem fazer o teste ou morrendo antes do resultado sair. E como não faz testes em massa, o país não sabe quantos contaminados de fato estão circulando.

A universidade norte-americana Johns Hopking, rerência mundial em informações sobre a pandemia, estima que o Brasil já deva ter ultrapassado um milhão de casos.

E, na manhã desta sexta-feira (15), o balanço atualizado das secretarias estaduais de Saúde mostra que o total de pessoas mortas por Covid-19 já aumentou para 13.999 e o de infectadas para 203.165.

O estado de São Paulo, apesar de ser um dos primeiros onde as autoridades determinaram medidas de isolamento social para conter a disseminação da pandemia, segue à frente no número de casos e mortes por Covid-19 no país. Já são 4.315 mortes e mais de 54 mil pessoas contaminadas.

Profissionais de saúde contaminados

Na frente de batalha contra a Covid-19, mais de 199.768 profissionais de saúde estão com suspeita de contágio, 68.250 (34,2% do total) são auxiliares ou técnicos de enfermagem. Deste total, 31.790 (15,9%) já tiveram o resultado do teste positivo, segundo dados do Ministério da Saúde.

O estado de São Paulo tem 14.831 profissionais de saúde com confirmação de Covid-19, o Rio de Janeiro vem na sequência, com 4.451, seguido de Ceará (1.668), Amazonas (1.257) e Bahia (1.174).

Enfermeiros são a segunda categoria mais afetada, com 33.733 (16,9%) dos casos suspeitos, na sequência vêm os médicos, com 26.546 casos (13,3%); recepcionistas, 8.610 casos (4,3%); outros tipos de agentes de saúde, 5.013 casos (2,5%); Agentes Comunitários de Saúde, 4.917 casos (2,5%): gestores e especialistas de operações em empresas, secretarias e unidades de serviços de saúde. Com 4.888 casos (2,4%); fisioterapeutas, 4.179 casos (2,1%); farmacêuticos, com 3.444 casos (1,7%); biomédicos, 3.253 casos (1,6%); e outros, com 36.935 casos (18,5%)


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