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8 de Janeiro de 2020 às 18:56

Os transtornos de uma categoria sob pressão


A reestruturação dos bancos com a digitalização dos serviços pressiona e causa muitos receios aos bancários. Não é para menos. As empresas se aproveitam para impor novas formas de trabalho, com metas absurdas, e demitir. Um cenário propício ao desenvolvimento de doenças.

Não é à toa que o índice de afastamento das atividades na categoria é alto. Entre 2009 e 2013, o número de benefícios concedidos pelo INSS cresceu 40,4%, saindo de 13.297 para 18.671. Nos demais setores de atividade econômica também houve aumento. Mas, em um nível bem menor, 26,2%.

O ritmo de trabalho acelerado, a pressão e a sobrecarga, resultado das reestruturações e da implantação de um novo modelo de gestão, muito mais desumano, mudou também o perfil dos afastados nos últimos anos.

Até 2012, a principal causa era LER/Dort. A partir de 2013, os transtornos mentais assumiram a liderança. Atualmente, cerca de 1/3 dos afastamentos são em decorrência de doenças psicológicas, como transtorno de ansiedade ou depressão.

Também é grave o fato de muitos bancários permanecerem trabalhando mesmo adoecidos, e vivendo a base de remédios como antidepressivos e ansiolíticos. Os dados estão no artigo "Os afastamentos no setor bancário: transtornos de uma categoria sob pressão", feito por técnicas do Dieese.


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