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13 de Outubro de 2015 às 15:52

No 8º dia, GREVE dos bancários alcança 377 agências no Pará


Belém PA - O movimento de greve por tempo indeterminado da categoria bancária cresce a cada dia em todo Brasil, e no Pará não tem sido diferente. Nessa terça-feira (13), 8º dia de paralisações, a greve já alcança 377 agências em todo o estado, o que corresponde a 76,5% das unidades bancárias que atuam no Pará. Em todo país, já são mais de 11 mil agências de bancos públicos e privados em greve.

“Diante do silêncio dos banqueiros, que até agora não chamaram o Comando Nacional dos Bancários e Bancárias para apresentar uma nova proposta, nossa categoria tem aderido massivamente ao movimento de greve por entender que somente com a nossa luta é que conseguiremos avançar em nossas conquistas, e por isso estamos intensificando cada vez mais nossas ações em todo o Pará no sentido de fortalecer a greve e derrotar a ganância dos banqueiros”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

Entre os destaques desse oitavo dia de greve no Pará estão a adesão ao movimento de todas as agências bancárias no município de Óbidos, na região oeste. Já em Marabá, no sudeste paraense, a categoria em greve realizou um grande ato na agência da Caixa na Velha Marabá em respostas às práticas antissindicais naquela unidade, principalmente contra os trabalhadores em greve que estavam proibidos pelo banco de utilizar o banheiro da unidade por estarem fortalecendo o movimento paredista.

Coletivo de Mulheres – Logo mais, às 16 horas, no Complexo Cultural Bancário, o Coletivo de Mulheres Bancárias convoca toda a categoria, sobretudo as mulheres, para uma roda de conversa sobre Assédio Sexual no Trabalho. O evento terá a participação da advogada Maria Vaz, ex-bancária e atual integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB Pará.

“Infelizmente muitas trabalhadoras sofrem com essa situação. Nosso objetivo é de conscientizar essas mulheres de que o assédio é crime e elas não precisam se sentir intimidadas e com medo de perder o cargo ou o emprego, até porque elas acabam prejudicando a saúde física e mental e muitas vezes podendo desenvolver uma depressão”, afirma a diretora do Sindicato dos Bancários e secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-PA, Tatiana Oliveira.

Reunião do Comando – Nessa quarta-feira (14), às 14h30, o Comando Nacional dos Bancários e Bancárias fará reunião em São Paulo para avaliar o movimento de greve e definir estratégias de ação nacional da categoria. Ainda não há indicativos de nova rodada com a Fenaban, nem tão pouco de retomada de mesas específicas.

Sua agência parou? Mande fotos do movimento – Ajude a construir nosso mural da greve pelo Estado enviando fotos do movimento em sua agência para comunicacao@bancariospa.org.br. Não se esqueça de informar também o município.

Sua agência não parou e você está sendo coagido? – Denuncie ao Sindicato pelo mesmo e-mail informado acima ou entre em contato com o setor jurídico da entidade no (91) 3344-7769. Em todos os casos, o sigilo do trabalhador é garantido.

Principais reivindicações da categoria:

Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real);

PLR: 3 salários mais R$7.246,82;

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Bancários PA


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