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24 de Julho de 2020 às 08:46

Na Caixa, gerentes gerais fazem de tudo. É desumano


A rotina de trabalho para os empregados da Caixa é extremamente pesada. Chega a ser desumana. As agências estão sempre lotadas e a sobrecarga beira o absurdo. Para os gerentes gerais, a situação é ainda mais desgastante. A jornada de trabalho supera 12h facilmente. Uma rotina adoecedora.

Os empregados do banco que ocupam a função precisam sair de casa antes das 6h para organizar as filas, marcar o chão e fotografar a unidade, que deve abrir às 8h para atendimento à população que precisa do auxílio emergencial. Paralelamente, são cobrados por resultados via WhatsApp. Depois de um dia exaustivo, ainda precisam participar de reunião por vídeo às 16h. O retorno para casa não tem hora.

Não é só isso. Os gerentes gerais muitas vezes têm até de comprar EPIs. Sem falar que trabalham aos sábados, não ganham hora extra e, apesar de a direção da Caixa informar que podem tirar folgas para compensar, na prática, isto não acontece. Para piorar, ainda ficam mais expostos ao contágio da Covid-19.

Leia o abaixo um desabafo

VOCÊS VÃO NOS MATAR

Gestão é um negócio incrível! Os conceitos, as inúmeras possibilidades de fazer melhor, de ir além, de conseguir mais, que nos trazem resultados financeiros, profissionais ou mesmo de ordem pessoal.

Mas o que a Caixa quer na pandemia não é gestão, é milagre, é o impossível. Todas as atividades nas mãos do gestor. TO-DAS. Quer exemplo:

Demarcar o chão? Na rua? Tem que fazer, mas não a GILOG, não a EQS, mas o gerente geral que compre a tinta e que faça o molde da marcação, conforme CI XYZ da área H.

Seu empregado já foi um dia grupo de risco e no último PCMSO não é mais? Não interessa! A GIPES não avaliou a situação, mandou pra casa e já há quase uma semana sem resolução, pois não está dando conta da demanda que ela mesma criou, e assim, menos 1 empregado no atendimento. O gerente geral que se vire para readequar.

O calendário está confuso? Simplifica! Posterga o pagamento de todo mundo. O gerente geral que se dane pra explicar pro cliente necessitado que era hoje o dia, mas não é mais.

Precisa conceder crédito para empresa? Faz Pronampe! Como? Corre pra assistir a live... o diretor diz “começa a tentar as 7 da manhã, quem chegar primeiro ganha, depois não adianta falar comigo”. Mas nem assim, ai o gerente geral que se vire para manter o empresário insatisfeito como cliente.

Cliente recebe auxilio emergencial e também FGTS? Um calendário bloqueia o outro, e a data de saque é sempre a mais distante. Nenhuma área resolve, mas o atendente precisa que o gerente geral o ajude a justificar que ele não saca por “culpa” do sistema.

Tem WhatsApp web pra facilitar? Não! Mas o gerente geral tem que responder as parciais de realizado de cartão de crédito as 11, 13,15 e 17 horas.

Tem que trabalhar 30/70? Sim! Mas o SEV falou que gerente geral tem que se cuidar e almoçar, ele que vire e faça gestão do tempo.

Tem que garantir a utilização de EPI! Sim! Mas o gerente geral que tem que comprar as máscaras, pq fica mais fácil descentralizando. Mais fácil pra GILOG né...

Só pode ocupar 50% dos assentos da unidade! Mas o aviso de “não use esse assento” muda toda semana na vitrine e o gerente geral que fique esperto pra não ficar com o MO desatualizado, e ficar trocando papel colado na cadeira.

Precisa fazer gestão de hora extra! Robert disse: “Não dá pra um empregado receber 10 mil de HE num mês”. Mas também precisa ter o máximo da equipe as 8 horas abrir a agência, com o mínimo de hora extra. Ai o gerente geral que se vire pra fazer essa mágica acontecer.

Tudo isso entregando 100% dos resultados exaustivamente cobrados, expostos diariamente a uma doença ainda pouco conhecida e com energia positiva. Vocês vão nos matar!

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