Para os bancários e bancárias da Caixa em Marabá e região, o Saúde Caixa existe apenas no Acordo Coletivo de Trabalho. Desde setembro de 2020, o Sindicato dos Bancários travou uma batalha em busca de que o único hospital particular do município firmasse convênio com o plano de saúde do funcionalismo do banco. “Além disso, no mês passado entramos em contato com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa que é um órgão nacional que auxilia a representação dos trabalhadores nas negociações com o banco para pedir ajuda e pautamos a demanda na nossa primeira reunião do ano com a superintendência estadual. E na semana passada estivemos pessoalmente com os colegas da Caixa no município para atualizá-los de como está todo esse processo”, explica a presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira, que foi até Marabá na última terça-feira (22) junto com o coordenador da Comissão de Empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Depois da primeira reunião virtual com a Superintendência da Caixa no Pará, alguns bancários e bancárias de Marabá informaram ao sindicato que um representante da Superintendência Nacional do Saúde Caixa esteve no município visitando as agências do banco, além de reunir com a superintendência da região e visitar hospitais e clínicas da cidade em busca de novos credenciados.
“Sabemos o quão está sendo difícil essa espera, essa demora, pois saúde não espera; mas para que possamos chegar a uma solução definitiva ou pelo menos amenizar o problema, precisamos da ajuda dos colegas aqui da região no sentido de elaborar junto com a gente um diagnóstico real da situação do Saúde Caixa aqui, como pedido de reembolso não acatado, desatualização dos credenciados no aplicativo do plano. Queremos apresentar esse levantamento formalmente ao banco para cobrar um prazo, bem como traçar novas ações que vão desde atos e/ou ações jurídicas”, destaca a dirigente sindical na região, Heidiany Moreno.
No início do ano de 2020, quase que no mesmo período do surgimento do coronavírus, o hospital Climec que pertencia a Unimed Sul do Pará, e tinha convênio com o Saúde Caixa, foi vendido para a Unimed Fama. Por conta dessa transição, todos os contratos com planos de saúde foram quebrados, alguns retomados, menos o Saúde Caixa.
Mesmo diante de várias tentativas de retomar o convênio, seja através de reuniões, troca de e-mails e envio de documentação, a licença estadual, exigida pelo Saúde Caixa nunca foi enviada pela Unimed Fama.
No início do ano passado, o único hospital particular da cidade, após mais uma tentativa do Saúde Caixa, informou que não tinha interesse em firmar parceria com o plano de saúde da Caixa.
Em 2022, mais uma tentativa foi feita e a Unimed Fama alegou que diante da alta demanda da covid-19 e influenza, estava impossibilitada de atender qualquer outra questão; mas chegou a dar uma esperança ‘no fim do túnel’ de que caso o cenário epidemiológico desse sinais de melhoras, poderia incorporar o Saúde Caixa.
Paralelo às visitas nas agências da Caixa, o diretor do Sindicato, Sérgio Trindade, que também é coordenador da Comissão de Empregados do Banco da Amazônia, e o dirigente sindical na região, Wellington Araújo; visitaram as agências do Banco da Amazônia no município.
“Essa visita presencial foi para reforçarmos mais uma vez sobre a campanha “Assédio Moral: Diga não, denuncie”, diante de denúncias que chegaram ao Sindicato de casos de assédio moral aqui na cidade. Já estamos acompanhando um caso específico junto com a nossa assessoria jurídica; mas acreditamos que a partir desse, outras denúncias possam surgir e por isso a importância dessa campanha que não tem data para acabar e está em todas as nossas plataformas digitais”, conta Sérgio Trindade.
No início do mês, a campanha foi lançada oficialmente em Marabá durante um bate-papo sobre assédio moral que marcou o encerramento da Caravana Bancária pelo sul e sudeste do Pará.
“Quando você percebe que um colega está sendo assediado e se cala, não oferece ajuda, não denuncia, você está sendo conivente”, destacou Wellington Araújo no dia do evento.
As denúncias de assédio moral podem ser encaminhadas para bancarioassediomoral@gmail.com ou pelas redes sociais e ainda Whatsapp Bancário (91) 98426-1399; o anonimato é garantido.
Fonte: Bancários PA