Porto Velho RO - O segundo dia da greve nacional dos bancários em Rondônia foi marcado pela adesão de mais bancários que, até então, estavam indecisos se participavam ou não do movimento paredista que, no seu primeiro dia, fechou 106 das 130 agências no Estado.
O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) explica que nas greves da categoria nem sempre os trabalhadores se sentem à vontade para participar da mobilização, pois alguns temem represálias por parte dos gestores ou, até mesmo, sofrem alguma forma de intimidação patronal.
“Mas continuamos intensificando as nossas reuniões com os colegas dentro das agências, levando a eles a informação de que a greve é um direito de todo o trabalhador e que isso está garantido tanto na Constituição Federal quanto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Com isso, conseguimos tranquilizar estes trabalhadores e convencê-los a fortalecer a nossa luta contra a intransigência dos bancos”, explica José Pinheiro, presidente do SEEB-RO.
A greve nacional dos bancários começou ontem, terça-feira 6/10, e em todo o país 6.251 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram fechados no primeiro dia da paralisação, segundo dados da Contraf-CUT.
A categoria está insatisfeita com a proposta apresentada pelos bancos, de apenas 5,5% de reajuste nos salários e demais verbas - algo que sequer chega a compensar a inflação do período, que é de 9,88% e que está muito abaixo dos 16% reivindicados pela categoria - além de um abono no valor de R$ 2.500,00, não incorporado aos salários.
Em Porto Velho 100% de agências continuam fechadas. Somente as duas agências do Banco da Amazônia mantém um atendimento parcial.
Fonte: SEEB/Rondônia