Porto Velho RO - A Gerência de Suporte Operacional das Agências (GSOA) do Itaú determinou, na manhã desta terça-feira 13/10, que os gerentes gerais de cada uma das agências do banco no Estado retirem os cartazes da greve dos bancários que foram colados nas paredes e portas das unidades.
A informação chegou ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que imediatamente repudiou a iniciativa da GSOA que é qualificada como uma nítida prática antissindical e que fere a Lei 7.783/89, a conhecida Lei de Greve.
As informações dão conta de que nas agências de Cacoal e Ji-Paraná os cartazes de greve já foram retirados e que a “ordem” já chegou aos gerentes das agências de Porto Velho.
“Não vamos admitir essa conduta ditatorial dos gestores do Itaú e de nenhum banco, seja público ou privado. As práticas antissindicais são uma ameaça à democracia e um crime contra a Constituição de 1988, que garante a liberdade de organização e atuação sindical. Desta forma o banco quer atrapalhar completamente a mobilização legítima dos trabalhadores, que lutam por melhores salários, condições de trabalho, de saúde, de segurança e por mais justiça e dignidade aos bancários e um melhor atendimento à população”, declarou José Pinheiro, presidente do Sindicato.
De acordo com o dirigente, o Itaú é o banco que mais lucra no país, e isso ficou comprovado com os mais de R$ 11 bilhões de lucros conquistados somente nos seis primeiros meses deste ano mas, ainda assim, o banco continua sendo um dos que mais demite e adoece seus funcionários.
“O Itaú anda na contramão do desenvolvimento social, pois mesmo obtendo lucros recordes ano após anos, continua demitindo e pressionando seus empregados. Os gerentes são os que mais sofrem com a pressão e com o assédio moral, e por isso são os que mais são acometidos de doenças psicológicas, e que, por isso, se veem obrigados a fazer uso de remédios tarja-preta e buscar um tratamento de especialistas na área. Em vez de valorizar seus funcionários, o Itaú os adoece e ainda os pressiona a ir contra a greve. Portanto, não vamos ficar calados e vamos denunciar esta manobra sorrateira e ilegal aos órgãos competentes do trabalho, como Superintendências Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e Ministério Público do Trabalho (MPT)”,
Fonte: SEEB-RO