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8 de Outubro de 2015 às 15:14

Greve cresce no terceiro dia e 110 agências não abriram em Rondônia


Porto Velho RO - O terceiro dia da greve nacional dos bancários, nesta quinta-feira (8), confirmou o crescimento da mobilização em todo o Estado. Das 130 agências existentes em Rondônia, 110 não abriram as portas, um número recorde de agências fechadas se comparado às greves dos últimos anos na região.

A nível nacional – considerando os 26 Estados da Federação e no Distrito Federal - 8.763 agências e centros administrativos permaneceram fechados durante todo o segundo dia de greve, 7/10. Um aumento de 2.512 agências, cerca de 40% maior que a paralisação do primeiro dia de greve.

“O número de bancários revoltados com o descaso dos bancos aumenta dia após dia e, consequentemente, maior é o número de agências que não abrem para o atendimento público”, dispara José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

Para ampliar essa indignação, a imprensa nacional divulgou ontem que os bancos vão ampliar em mais de 80% os valores dos supersalários de seus diretores, o que contrasta com o índice de míseros 5,5% de reajuste nos salários (e demais verbas) dos bancários oferecidos pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 25 de setembro, última rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários.

“Enquanto dão reajustes muito acima da inflação para os seus autos executivos - que já ganham salários astronômicos – os bancos ofendem os bancários com essa esmola de índice de 5,5% que nem chega perto da inflação do período, que foi de 9,88%. É uma verdadeira afronta à paciência dos trabalhadores e por isso a greve fica mais forte a cada dia que passa, pois os bancários estão revoltados e vão mostrar para os banqueiros que unidos somos muito fortes”, completa Pinheiro.

 

Greve forte conquista

Nos últimos anos, os bancários vêm conquistando aumentos reais de salário e foi a força da greve que levou os banqueiros a retomar as negociações e a apresentar uma nova proposta. Na Campanha Nacional 2015, a greve vem crescendo e o período de sua duração será definido pela força da mobilização dos bancários.

Somente uma greve forte garantirá uma proposta decente, que respeite a imensa participação dos bancários, com seu trabalho, nos lucros astronômicos que os bancos vêm apresentando.

 

Confira as reivindicações dos bancários:

* Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

* PLR: 3 salários mais R$7.246,82

* Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

* Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

* Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

* Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

* Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

* Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: SEEB/Mato Grosso


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