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12 de Setembro de 2016 às 15:40

Greve completa uma semana e para mais de 350 agências no Pará


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Só a luta te garante! Essa é a palavra de ordem da Campanha 2016, que já chegou em 363 agências bancárias no Pará neste sétimo dia de greve, o que representa mais de 70% de unidades fechadas em todo o estado.

“As estatísticas só aumentam e nada melhor do que mostrar para os banqueiros, grevando, que não aceitamos reajuste abaixo da inflação. Esse levantamento conta e muito nas mesas de negociação tanto lá em São Paulo como aqui no Pará. E podemos ampliar ainda mais a nossa mobilização, reunindo os colegas que já estão em greve a irem aos locais de trabalho convencer o colega que ainda não tem esse mesmo esclarecimento a vir fazer parte dessa luta legítima onde só temos a conquistar”, destaca o diretor do Sindicato e empregado do BB, Gilmar Santos.

Confira aqui o mapa da greve no Pará

Assim como na semana passada, nesta segunda-feira (12), todos os bancos públicos e privados de Belém e Região Metropolitana estão fechados e nos demais municípios paraenses segue crescendo dia após dia e fortalecendo ainda mais a luta por melhores salários e condições de trabalho. A mobilização foi intensificada nas agências do BB, Caixa e também no Banpará que teve rodada de negociação específica na matriz do banco.

Em virtude da rejeição da proposta da Fenaban, em mesa, pelo Comando Nacional dos Bancários, o Banco da Amazônia suspendeu a rodada de negociação específica que aconteceria hoje na matriz do banco em Belém.

Nova rodada – A Fenaban volta a se reunir com o Comando Nacional dos Bancários a partir das 14h desta terça-feira em São Paulo, e assim como todas as demais rodadas, a categoria no Pará estará mais uma vez representada pelo dirigente sindical Gilmar Santos.

Até agora, os bancos – setor que mais lucra no Brasil – tentaram impor perdas aos trabalhadores. A primeira proposta, apresentada nos dias 29 e 30, foi de 6,5% de reajuste mais R$ 3 mil de abono – perda de 2,8% para a inflação que até então estava projetada em 9,57%. Rejeitada em assembleia por unanimidade e que levou à greve que começou no dia 6 de setembro. A segunda veio na última sexta-feira (9): índice de 7% mais abono de R$ 3.300 – perda de 2,39% para uma inflação agora já fixada em 9,62% (INPC).

Principais reivindicações dos bancários:

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

Fonte: Bancários PA


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