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5 de Outubro de 2016 às 16:51

Greve completa um mês e Fenaban convoca nova rodada de negociação para esta quarta (5)


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Há 30 dias bancários e bancárias em todo o Brasil deliberavam, em assembleia, o início da greve da categoria por tempo indeterminado em todo o país por uma proposta decente e que atendesse às reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras.

A primeira proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi de um abono de R$ 3.000,00 e mais índice de reajuste de 6,5%. A segunda oferta da Federação veio no quarto dia de greve: 7% de reajuste e abono de R$ 3.300,00, proposta ainda rebaixada e rejeitada em mesa pelo Comando.

De lá para cá, as propostas não avançaram mesmo com mais duas rodadas de negociação com os banqueiros. A última delas foi no dia 28 de setembro quando a Fenaban apresentou acordo de dois anos mantendo os 7% de reajuste nos salários e abono de R$ 3,5 mil, agora em 2016, e reposição da inflação, mais 0,5% de aumento real, em 2017.

Hoje (5), a expectativa de uma proposta digna reacende entre os bancários e bancárias em greve há um mês, após Federação confirmar nova rodada de negociação, às 17h, em São Paulo. Logo em seguida, Caixa e BB também se reúnem com o Comando Nacional.

“Apesar do cansaço, a disposição de luta e a abertura ao diálogo sempre estiveram com a gente desde o primeiro dia de greve. Esperamos que a Fenaban, após esses 30 dias em que os trabalhadores e trabalhadoras estiveram de braços cruzados, ofereça uma proposta que de fato tire a categoria da greve. Não chegamos até aqui à toa, pois sabemos que a nossa força e a nossa união são capazes de tornar essa greve ainda mais histórica”, destaca a presidenta do Sindicato e empregada do BB, Rosalina Amorim.

Adesões históricas – A greve de 2016 já é considerada histórica entre a categoria não só pelos seus 30 dias, mas principalmente pelas adesões que há anos não se viam, como as da gerência média, supervisores e assistentes de grandes agências do BB e da Caixa na Região Metropolitana de Belém.

“A decisão dos colegas foi de forma espontânea, fruto de muita conversa nas visitas que fazemos diariamente nas agências para convencer cada trabalhador sobre a diferença que ele faz fortalecendo o movimento junto com o Sindicato. Foi no 24º dia, durante uma dessas visitas, que vários gerentes da Caixa tiveram essa coragem e disposição em trazer outros gerentes para somarem à luta. Essa atitude encorajou outros bancários e bancárias em diversas capitais ampliando ainda a nossa greve”, lembra a diretora do Sindicato e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira.

Banpará e Banco da Amazônia – “Esperamos que assim como a Fenaban, a direção do Banco da Amazônia e do Banpará chamem as entidades para dar continuidade às mesas de negociação específica, pois estamos até agora em greve pela intransigência dos banqueiros na hora de negociar. Esperar Federação não é e nunca foi desculpa, pois temos várias reivindicações específicas que merecem atenção e avanços”, ressalta o dirigente sindical e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

No Banco da Amazônia, a última rodada de negociação foi na sexta-feira passada, dia 30 de setembro, quando o banco só fez apresentar a mesma proposta da Fenaban já rejeitada. Relembre aqui

O Banpará reuniu-se com as entidades sindicais no início da semana, dia 3, e no dia da assembleia com o funcionalismo, o banco apresenta duas propostas com redações diferentes da enviada às entidades e ao funcionalismo. Entenda aqui

 

 
Fonte: Bancários PA


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