Belém PA - O silêncio intransigente dos banqueiros continua da mesma forma que a greve da categoria bancária cresce, diariamente, em todo país. Nessa quarta-feira (14), nono dia de greve, o mapa no Pará aponta que 389 agências aderiram ao movimento, o que corresponde a 79% do total de unidades bancárias no estado. No balanço nacional divulgado pela Contraf-CUT no dia de ontem (13), cerca de 11.500 agências de bancos públicos e privados estão em greve me todo país.
Na manhã de hoje a categoria em greve fez um ato público em frente à Superintendência do Banco do Brasil, em Belém, no sentido de convencer o funcionalismo do banco sobre a necessidade de os trabalhadores aderirem ao movimento para alcançar conquistas nessa campanha nacional.
“Estamos em meio a uma Campanha Salarial muito dura, onde a intransigência tem sido a tônica dos bancos em todas as mesas de negociação. Precisamos ter a consciência de que somente conseguiremos melhorias salarias e melhores condições de trabalho, se estivermos na luta fortalecendo a greve. Por isso, fazemos um chamado a todo o funcionalismo do BB, para somar conosco nessa greve em busca de vitórias para toda a categoria”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e funcionária do Banco do Brasil, Rosalina Amorim.
“É fundamental termos a clareza de que a hora é de lutar, pois se não for assim não avançaremos em nossa pauta de negociação. Precisamos de cada bancário e bancária fortalecendo a greve e o funcionalismo do Banco do Brasil é imprescindível para o nosso movimento”, ressalta o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Gilmar Santos.
“A nossa greve é por melhores salários e melhores condições de trabalho para toda a categoria bancária. E se é para ser ‘bom pra todos’, é preciso que todos e todas estejam junto conosco nessa greve. Nesse sentido, conclamamos todo o funcionalismo do Banco do Brasil, e de todos os bancos, a fortalecer a greve e derrotar a ganância dos banqueiros”, pontua o diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Fábio Gian.
Sua agência parou? Mande fotos do movimento – Ajude a construir nosso mural da greve pelo Estado enviando fotos do movimento em sua agência para comunicacao@bancariospa.org.br. Não se esqueça de informar também o município.
Sua agência não parou e você está sendo coagido? – Denuncie ao Sindicato pelo mesmo e-mail informado acima ou entre em contato com o setor jurídico da entidade no (91) 3344-7769. Em todos os casos, o sigilo do trabalhador é garantido.
Principais reivindicações da categoria:
>>Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real);
>>PLR: 3 salários mais R$7.246,82;
>>Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
>>Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
>>Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
>>Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
>>Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;
>>Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
>>Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
>>Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Bancários PA