Brasília - Em uma atitude truculenta e absurda, a gerente da agência Sudoeste do BRB chamou a Polícia Militar para reprimir bancários em greve que tentavam convencer os colegas a aderir à paralisação. A polícia, ao chegar ao local, segundo relatos dos trabalhadores, agiu com violência.
O Sindicato dos Bancários de Brasília questionou o banco sobre a atitude da gerente. A instituição assegurou que se tratou de atitude isolada dela, que jamais partiu da diretoria orientação para acionar a polícia.
Chama a atenção o fato de a gerente ter se dirigido diretamente ao comando da PM. Há informações de que ela tem relações afinadas com o comando da PM e se valeu desta relação, não republicana, para acioná-la e receber este pronto atendimento.
O Sindicato cobra da diretoria do BRB uma medida contra esta exacerbação da gerente. E cobra do governo uma atitude frente ao inusitado tratamento “vip” dispensada à gerente, inclusive o de mobilizar a PM para reprimir trabalhadores. O GDF tem de responder se sua polícia se presta a este tipo de serviço.
BRB inaugura agência em plena greve
A diretoria do BRB, não contente com a afronta feita com a proposta ridícula apresentada, comete mais um desatino nesta campanha salarial. Abre ao público a agência Vicente Pires em plena greve da categoria. Segundo informações que chegaram ao Sindicato, a agência está localizada em um terreno sobre o qual existe uma pendência jurídica, e mesmo assim o banco decidiu pela abertura “discreta”, sem festas ou solenidades de qualquer natureza, para não chamar a atenção.
Mais inexplicável é que, ainda segundo informações que chegaram ao Sindicato, o vice-governador, na condição de Administrador de Vicente Pires, é que teria autorizado o funcionamento da unidade, mesmo com as pendências jurídicas. Com a palavra o governador Rollemberg, que sempre afirmou que seu governo se pautaria pelo absoluto respeito à ordem jurídica. É preciso uma explicação.
Agência JK, em condições insalubres, é fechada
Na tarde desta quarta-feira (7), o Sindicato, juntamente com outros bancários do BRB, foi à agência JK para tentar convencer outros bancários da instituição a aderirem à paralisação. Porém, o grupo de bancários, ao chegar ao local, constatou que a agência não apresentava condições mínimas de funcionar, devido a uma obra no local que expõe funcionários e clientes a riscos de acidentes. Há buracos no chão com madeiriti tapando os mesmos, fios soltos, paredes semidestruídas, móveis deslocados em todo o ambiente, além de diversos desníveis no piso. Isso sem contar o barulho de maquinário usado pelos profissionais que fazem a reforma.
O Sindicato acionou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Sindicato dos Vigilantes para, em conjunto, impedirem que os funcionários, bancários, vigilantes, estagiários e outros prestadores de serviço sejam submetidos a esta situação precária. O Sindicato comunicou ao banco a situação e cobrou uma postura rápida sobre o destino dos trabalhadores que ali se encontravam, pois eles não poderiam permanecer no local. O banco enviou técnicos à unidade e constatou que a situação é realmente muito precária, e determinou que não seria possível continuar qualquer trabalho naquele ambiente enquanto ele estiver nas condições apresentadas.
O Sindicato está vigilante e espera que o banco não insista em fazer com que os trabalhadores se submetam a isso novamente. “Caso contrário buscaremos outros meios para preservar a integridade dos bancários do BRB e demais trabalhadores que ali estão lotados”, disse André Nepomuceno, diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN).
Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação