Notícias

home » notícias

21 de Fevereiro de 2019 às 08:01

Funcionários do Santander têm até um ano para obter CPA 10, garante Bacen


Brasília - Desde dezembro de 2018, o Santander vem pressionando os seus funcionários, que mudarão de cargos, a realizarem um curso de qualificação para obtenção do CPA 10. No entanto, a resolução 3057 do Banco Central garante que “o trabalhador tem prazo de um ano para obter o certificado quando passam a exercer uma atividade diferente para a qual tenha sido considerado apto”.

“Apesar desta regulamentação do BC, o Santander insiste em cobrar dos bancários que, além de já estarem enfrentando novos desafios ao irem para uma nova função, se sentem ainda mais pressionados em obter a certificação do CPA 10. Por isso, orientamos todos os trabalhadores a denunciarem esta postura injusta do banco espanhol ao Sindicato”, alerta o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jorge Kotani.

Mudanças preocupam

O Santander começará a implantar em maio (antes estava previsto para março) um processo de unificação de funções na rede de agências. Os cargos envolvidos são os de caixa, agente comercial, assistente de atendimento, coordenador e gerente especial. Os trabalhadores que ocupam essas funções passarão a se chamar gerentes de negócios e serviços. Os representantes do banco disseram que não haverá terceirização de funcionários e haverá jornadas de 6 e 8 horas.

Saúde em xeque
Os funcionários estão inseguros com esse novo modelo e com a cobrança sobre certificação do CPA 10, o que pode acarretar no aumento de trabalhadores adoecidos. Nos últimos 10 anos, houve um aumento de 61% no número de bancários adoecidos nas instituições financeiras.

Preocupados com esta questão, os representantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) vêm cobrando melhorias no plano de saúde, que têm aumentado consideravelmente a mensalidade e a coparticipação do funcionário. Porém, o Santander demonstra resistência em negociar.

“Apesar do lucro anual de R$ 12,398 bilhões, passando a ser o segundo banco mais rentável do país, ultrapassando o Bradesco, a instituição argumenta que os valores acompanham os reajustes do mercado e a alta inflação médica, aumentos que sempre recaem sobre os ombros do trabalhador”, observa Jorge Kotani.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


Notícias Relacionadas