Belém PA - Desde 1994, fruto de mesas de negociação e de muita conversa, o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) do Banco da Amazônia se tornava real. De lá pra cá, a estrutura física das agências mudou, o quadro de pessoal se renovou, muitas mudanças aconteceram no banco, mas o PCCS não acompanhou esse processo, ficou ali parado no tempo, mesmo havendo uma mesa permanente de discussão sobre o Plano.
“A construção de um novo PCCS é uma reivindicação histórica da categoria dentro do banco. O processo da mesa específica para debater essa importante pauta foi uma vitória da greve dos bancários e bancárias. Entretanto, muito pouco se tem avançado na efetivação de um novo plano que atenda às reais expectativas dos trabalhadores”, destaca o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.
Em setembro, paralelo a data-base da categoria, o PCCS completa 25 anos. A celebração das bodas de prata do Plano foi em tom de protesto em frente à matriz do Banco da Amazônia, na última terça-feira (10), para chamar a atenção da diretoria do banco quanto à efetividade, na prática, de uma mesa específica sobre o assunto.
“O Banco da Amazônia avança na implementação de um novo PCCS de forma unilateral. Nossas mesas de negociação tem servido mais para o banco informar o que tem feito em consenso com os órgãos de governo do que sistematizar em prática aquilo que debatemos e propomos à instituição, como a inclusão do pessoal do Quadro de Apoio dentro do plano. É preciso também que o próprio funcionalismo se engaje nessa luta pela implantação de um PCCS digno e justo, e junto com a gente, pressionar a diretoria para que saia de trás do biombo em que tudo depende de fora de suas alçadas. PCCS JÁ !”, convoca o secretário geral do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Em 2017, um novo modelo de Plano de Cargos, Carreiras e Salários, foi apresentado às entidades sindicais, pela empresa Deloitte Touch Tohmatsu, contratada pelo banco. Mas para a implantação do projeto ainda existem muitas etapas, até a aprovação final, que passam pelo Conselho, Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e SEST.
Segundo a Deloitte, a construção do modelo apresentado teve como base uma pesquisa interna que revelou que a principal queixa do funcionalismo é a falta de reconhecimento, por isso, o novo PCCS “deverá conjugar a Gestão de Pessoas por competência com a Gestão por resultados para suprir a necessidade de subsistemas específicos”.
Dessa forma, segundo a empresa contratada, o banco buscava valorizar seus empregados dentro da complexidade e responsabilidade do espaço ocupacional, através de uma reestruturação de cargos.
“Esse novo plano, tão sonhado e desejado, tem que valorizar e garantir a promoção por tempo e merecimento a todos os empregados e empregadas, garantido assim o crescimento na carreira em todos os níveis!”, enfatiza a diretora administrativa do Sindicato e empregada do banco, Suzana Gaia.
Fonte: Bancários PA