Sul. São mais de seis décadas de muita luta e conquistas obtidas com mobilizações e greves, todas em prol da categoria bancária.
"A Federação dos Bancários do Centro-Norte parabeniza pelo aniversário os companheiros de Campo Grande, que são um exemplo de luta e de organização e vêm desempenhando um papel decisivo na construção da unidade da categoria não apenas na nossa região, mas em todo o país. A organização, a unidade e a capacidade de luta são as principais forças dos bancários nessa trajetória de mobilizações e conquistas das últimas décadas", parabeniza Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.
Essa trajetória teve início no ano de 1959, quando foi fundada a Associação Profissional dos Empregados Bancários de Campo Grande, que quatro anos mais tarde tornou-se o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, com o compromisso de defender e lutar pelos direitos da categoria.
Nesses 62 anos, os bancários e bancárias tiveram conquistas importantes como a jornada de seis horas semanais, auxílio-creche, fim do trabalho aos sábados, vales refeição e alimentação, PLR, 13ª cesta-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, licença-paternidade ampliada de 20 dias, igualdade de direitos para casais homoafetivos, instrumento de combate ao assédio moral, entre outras.
Sem falar da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho, desde 1992, que garante a toda a categoria, em todo o território nacional, os mesmos salários e direitos. Ao contrário do que é pregado pelos bancos, esses direitos são conquistas e não benefícios concedidos pelos banqueiros.
“Muitos bancários e bancárias que entraram recentemente nos bancos acham que nossos direitos foram dados pelas instituições financeiras e não percebem que são conquistas, que vieram da luta e união dos trabalhadores. Por isso, sempre é importante relembrar a nossa história”, disse Neide Rodrigues, presidenta do sindicato.
De acordo com Neide, a entidade tem o compromisso de continuar com essa história de lutas, mobilizações, conquistas e de defesa dos direitos dos trabalhadores bancários. ”Mas a luta por melhores condições de emprego e de vida só será vitoriosa com o comprometimento, a dedicação e a determinação de todos”.
E além da luta e garantia desses direitos e por vacinação já neste período de pandemia, os bancários filiados ao sindicato têm diversos benefícios e serviços, como assessoria jurídica, clube de campo, atividades culturais, educacionais e esportivas, convênios com descontos exclusivos em diversas empresas.
PLR, vale-alimentação, auxílio-creche, licença-maternidade de seis meses, jornada de seis horas, reajustes acima da inflação, descanso aos sábados. São direitos conquistados com a luta e a organização da categoria bancária. Confira algumas das conquistas após a assinatura, em 1992, da Convenção Coletiva de Trabalho, que garantiu à categoria os mesmos salários e os mesmos direitos em todo o território nacional:
1992 – Assinatura da primeira Convenção Coletiva de Trabalho válida para todo o país;
1994 – Conquista do vale-alimentação;
1995 – Bancários são a primeira categoria a conquistar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em Convenção Coletiva de Trabalho;
1997 – Luta conquista a complementação salarial para bancários afastados por doença ou acidentes e a verba de requalificação profissional na demissão;
2000 – Inclusão na CCT da cláusula sobre igualdade de oportunidades;
2003 – Primeira campanha salarial unificada da categoria bancária com a inclusão dos bancários do BB e da Caixa. Após greve, trabalhadores dos bancos públicos conquistam a mesma PLR dos bancos privados;
2004 – Conquista, com a greve de 30 dias, de aumento acima da inflação, o que se repetiu por 12 anos seguidos;
2006 – Pela primeira vez, BB e Caixa assinam a Convenção Coletiva de Trabalho com os demais bancos. Implantação de grupo de trabalho para debater assédio moral;
2007 – Conquista da 13ª cesta-alimentação e do valor adicional à Participação nos Lucros e Resultados;
2009 – Licença-maternidade de 180 dias. Mudança no modelo de cálculo e melhorias da PLR adicional. Extensão de direitos aos casais homoafetivos;
2010 – Instrumento de combate ao assédio moral e a valorização do piso salarial. Na segurança ficou assegurado: a obrigatoriedade do registro de BO, a divulgação de estatística semestral do setor, a garantia de transferência do bancário de agência em caso de sequestro e atendimento psicológico no pós-assalto;
2011 – Valorização do piso salarial e da PLR. Proibição da publicação do ranking de performance no cumprimento de metas, usado para pressionar e assediar os trabalhadores. Na segurança, ficou proibido o transporte de valores por bancários;
2012 – Afastados por problemas de saúde, que ficam sem o salário e sem o benefício do INSS enquanto aguardam perícia ou devido à alta programada, passam a ter sua remuneração mantida. Conquista do segundo Censo da Diversidade (o primeiro foi realizado em 2008) com o objetivo de averiguar as condições de mulheres, negros e PCDs nas empresas. Os dados foram colhidos e divulgados em 2014;
2013 – Conquista do abono-assiduidade, que garante o direito a folgar um dia durante o ano. O combate ao assédio moral é ampliado com a proibição de envio de mensagens aos celulares dos funcionários para a cobrança de metas. Foi conquistada a não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados por doença ocupacional;
2014 – Aumento real para os salários; bancos passam a custear exames de CPA-10 e CPA-20 exigidos pelas instituições financeiras, se o bancário for aprovado. Mulheres que forem demitidas e engravidarem durante o aviso prévio proporcional serão readmitidas. Cláusula específica para combater as metas abusivas;
2015 – Mais um ano consecutivo de aumento salarial acima da inflação, além de reajuste ainda maior para vales refeição, alimentação e 13ª cesta. Combate ao assédio moral e às metas abusivas segue com a conquista de uma nova cláusula que trata de ajustes na gestão das instituições de modo a reduzir as causas de adoecimento;
2016/2017 – Pela primeira vez, os bancários fecharam acordo válido por dois anos, que se mostrou extremamente importante diante da aprovação da reforma trabalhista, que acabou com a validade dos acordos coletivos até sua renovação. Em 2017, a proposta garantiu 1% de aumento real para os salários e nas demais verbas. Todos os direitos foram garantidos;
2018/2019 – Mesmo em conjuntura adversa resultante da reforma trabalhista, a categoria bancária, organizada em seus sindicatos, conseguiu fechar um acordo de dois anos que manteve todos os direitos da CCT e ainda conquistou reajuste de 5% sobre salários e demais verbas (como PLR, VA e VR) – com aumento real de 1,31% em 2018 – e garantia de 1% de aumento real em 1º de setembro deste ano. Além disso, avançou em novas conquistas, como o parcelamento do adiantamento das férias e a realização de novo censo da diversidade, para avançar na promoção da igualdade de oportunidades nos bancos para mulheres, negros e PCDs;
2020/2021 – Para 2020, ficou estabelecido um reajuste salarial de 1,5%, mais um abono de R$ 2 mil. Verbas como vale refeição, vale alimentação, auxílio 13ª cesta alimentação, auxílio creche, auxílio babá e outros foram corrigidos pela inflação (INPC). Na PLR, os valores foram corrigidos este ano pela variação da inflação pelo INPC. Para 2021, haverá reajuste integral da inflação (INPC) e ganho real de 0,5%, tanto nos salários, quanto na PLR e demais direitos econômicos estabelecidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS, com Fetec-CUT/CN