O sistema financeiro, o mesmo que financia e é agraciado pelo governo Bolsonaro, mostra as garras. Depois de propor reduzir a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos bancários em até 48%, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) quer mais. Agora, propõe acabar com a 13ª cesta alimentação, reduzir em 5% a gratificação de função, ou seja, dos atuais 55% para 50%.
Quem pensa que acabou, está enganado. Os bancos querem tirar o que podem e na negociação desta quinta-feira (20/08), por videoconferência, falaram ainda em desconto do vale alimentação e vale refeição em caso de IR (Imposto de Renda). Para completar, ameaçaram acabar com a gratificação semestral.
Os bancos também não apresentaram proposta para as demais reivindicações. Uma nova rodada acontece nesta sexta-feira (21/08), às 11h (Horário de Brasília).
Enquanto quer cortar direitos dos bancários, o setor continua sendo agraciado por Bolsonaro. Depois de receber mais de R$ 1 trilhão no início da pandemia causada pelo novo coronavírus, pode ter, nos próximos dias, uma nova “ajuda” de nada mais do que R$ 400 bilhões.
Não é só isso. Em plena crise sanitária, os bancos tiveram lucro de mais de R$ 24 bilhões em apenas seis meses. Chega a ser uma afronta com o cidadão e a cidadã que se mata de trabalhar para no fim do mês receber um salário rebaixado que mal da para pagar as contas.