Os empregados da Caixa, do Banco do Brasil, do Banco da Amazônia e dos bancos privados (Bradesco, Itaú e Santander) definiram, nos dias 18 e 19 de julho, por meio de encontros virtuais (plataforma Zoom), as pautas que serão levadas para o 13º Congresso dos Bancários do Estado de Rondônia (Coban) que acontecerá nos dias 29 e 30 de julho, em Ji-Paraná.
No dia 18/7 (terça-feira) aconteceram os encontros virtuais dos bancos privados e da Caixa, e no dia seguinte (19), os encontros virtuais do Banco do Brasil e do Banco da Amazônia.
Essa é a primeira vez que o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) promove estes encontros virtuais por bancos, como uma prévia para o Congresso.
“Estes encontros virtuais fazem parte da estratégia de reunir e ouvir o maior número de trabalhadores que, muitas vezes, não podem participar dos nossos eventos presenciais. Com isso, demos a oportunidade para que todos os bancários pudessem participar e trazer ao debate, os problemas nos seus ambientes de trabalho. Foi o momento em que eles puderam falar e serem ouvidos, sugerissem ações e soluções e, consequentemente, definissem as principais pautas que acreditam ser conquistadas ou melhoradas para a profissão, como segurança, saúde, valorização, respeito, garantia de emprego e direitos assegurados”, explica Ivone Colombo, presidenta do Sindicato.
Veja os principais pontos debatidos nos encontros por bancos:
SANTANDER
– Agências sem porta giratória fazendo com que os funcionários fiquem expostos e sem segurança;
– Ampliação dos horários de atendimento que vêm ocasionando sobrecarga de trabalho;
– O banco vem investindo pesadamente em terceirização, que não estão amparados por nosso acordo coletivo, e digitalização excessiva dos clientes;
– Abertura de novas agências apenas de negócio sem os postos necessários como: caixas, GA, e GG;
– Fechamento de mais de 230 agências em nível nacional;
– Excessivo processo de demissão e reintegração, graças à atuação do escritório jurídico;
BRADESCO
– Drástica redução de caixas eletrônicos e postos de trabalho na capital e interior;
– Fechamento de agências e substituição por agência de negócio com drástica precarização do atendimento e falta de segurança;
– Planos de saúde com problemas de atendimento por falta de credenciamento de médicos, clínicas e hospitais, e casos em que o cônjuge não é contemplado;
– Reuniões e treinamentos via vídeo conferência sendo realizados fora do horário de trabalho;
– Equipamentos antigos e atualizações pesadas que tornam o atendimento lento;
– Sugestão para se mover uma ação civil pública contra o fechamento de caixas eletrônicos;
ITAÚ
– Fechamento de agências e demissões, mesmo aqueles funcionários com boa produtividade e focando nos funcionários mais antigos, bem como ausência de uma política de reinserção no mercado de trabalho;
– Terceirização dos postos de trabalho e digitalização excessiva dos clientes;
– Perseguição e ameaça de demissão aos funcionários que não possuem CPA10 e CPA20;
– Celulares coorporativos que recebem ligações de clientes aos fins de semana;
– Vídeos, cursos e reuniões em demasia ocasionando horas extras e dificuldade para compensá-las;
BANCO DA AMAZÔNIA
– Organização da atuação das entidades sindicais no Basa, com destaque para a organização de atividade temática sobre o papel do Banco da Amazônia no desenvolvimento regional durante a Cúpula dos Países da Amazônia, no mês de agosto deste ano em Belém;
– Ponto Eletrônico;
– Home Office;
– Assistência aos filhos dos empregados que possuem condições especiais.
O Encontro do Basa contou com a participação de Sérgio Trindade, secretário geral do Sindicato dos Bancários do Pará e coordenador da Comissão de Empregados do Basa.
BANCO DO BRASIL
– Sistema de avaliação individual, que em vez de criar colaboração mútua, cria competição entre os trabalhadores;
– Adoecimento dos trabalhadores, gerado pela constante pressão excessiva com cobranças de cumprimento de metas abusivas, com a sobrecarga de trabalho e até ameaças de descomissionamento;
– Esse adoecimento, por sua vez, muitas vezes não é sequer reconhecido pelo órgão previdenciário, o que causa ainda mais sofrimento ao bancário.
“O trabalhador tem que levantar todos os dias para ir a um ambiente de competitividade, onde terá que concorrer com seus próprios colegas, e ainda sofrer com cobranças e ameaças, e tudo isso compromete ainda mais a harmonia no ambiente de trabalho. Essa situação é aterrorizante”, avalia Keli Cristina, funcionária do BB e diretora da Regional Rolim de Moura.
O encontro do BB contou com a participação de Fernanda Lopes, funcionária do BB e representante da Contraf-CUT na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
– Saúde Caixa amplamente debatido como pauta principal
– Modelo de Gestão com Política de Assédio Moral
– Infraestrutura (equipamentos, plataformas…)
– Fortalecimento do papel social da Caixa
– Garantia de transferências de tesoureiro e caixa.