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16 de Março de 2016 às 09:30

Empregados realizam Dia Nacional de Luta contra reestruturação da Caixa no dia 24

A orientação da Contraf-CUT e da CEE/Caixa é que federações e sindicatos realizem atividades, como retardamento de abertura de agências e paralisações


Crédito: FENAE
Reunião CEE/Caixa em Brasília

Nada de reestruturação! O que os trabalhadores da Caixa Econômica Federal querem é mais contratações e melhores condições de trabalho nas unidades. Este será o recado que a categoria dará em todo o país durante o Dia Nacional de Luta, programado para 24 de março, para protestar contra o desrespeito e descaso do banco.

A mobilização é uma das ações definidas pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com a empresa, em reunião realizada nesta terça-feira (15), na sede da Fenae, em Brasília (DF). A orientação é que sindicatos e federações realizem atividades, como retardamento de abertura de agências e paralisações, para cobrar da empresa a suspensão das medidas e a retomada do diálogo.

“Não precisamos dessa reestruturação, que está sendo colocada em prática de forma unilateral e arbitrária pela Caixa. Exigimos do banco o cumprimento do que foi acordado em mesa de negociação, que é a contratação de mais empregados para reduzir a sobrecarga e melhorias nas condições de trabalho”, afirma Genésio Cardoso, membro da CEE e diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Ele acrescenta: “A importância da categoria nas mobilizações é fundamental para que possamos barrar esse processo”.

A Comissão dos Empregados reuniu-se extraordinariamente para debater estratégias de mobilização contra as medidas de reestruturação, anunciadas pela presidente da empresa, Miriam Belchior, no dia 10 de março. No encontro, também foi avaliada a repercussão desse processo nas unidades de todo o país. Segundo relatos dos membros da CEE, o clima é de apreensão. Na matriz, em Brasília, a situação é ainda pior, pois os empregados estão amedrontados, por conta da falta de informações claras de como se darão as modificações. 

Na reunião que teve em 10 de março com dirigentes de entidades do movimento sindical e associativo, Miriam Belchior não teceu detalhes sobre o modelo de reestruturação e se negou a ouvir as argumentações das representações dos empregados. No mesmo dia, uma mensagem do Conselho Diretor foi repassada aos trabalhadores, informando sobre o início do processo, mas sem esclarecer sobre o que realmente seria feito a partir daquela data. 

No texto enviado aos cerca de 96 mil trabalhadores, a Caixa comprometeu-se apenas com o asseguramento estendido por 60 dias; a incorporação de função segundo as regras vigentes; e avaliação de perfil e reambientação do empregado. No comunicado, porém, não informou o número de trabalhadores envolvidos, quais unidades serão afetadas e ainda se haverá descomissionamentos.

A CEE/Caixa condenou a postura da direção, que adota medidas que podem comprometer a atuação da empresa. “Estamos vivendo um momento de mobilização pela Caixa 100% pública e fortalecida para dar continuidade às políticas públicas, e que garanta condições de trabalho dignas aos seus empregados”, ressalta Fabiana Uehara, representante da Contraf-CUT na Comissão Executiva. Genésio Cardoso volta a cobrar o detalhamento da reestruturação. “Esperamos que o banco mude a postura intransigente que tem adotado até agora, para que assim possamos acompanhar e defender os trabalhadores”, diz.

Segundo a Caixa, o modelo de reestruturação começou a ser elaborado no final de novembro de 2015. Apesar dos inegáveis impactos na vida da categoria, está sendo executado unilateralmente e arbitrariamente na matriz e filiais e, posteriormente, deverá ser estendido para as agências. O prazo de conclusão na matriz é 15 de abril.

“Não vamos admitir retrocessos e prejuízos aos empregados. É fundamental que os trabalhadores que se sintam prejudicados procurem seus sindicatos e repassem os problemas que estão ocorrendo. Uma injustiça feita a um é uma injustiça feita a todos. É momento de solidariedade e de mobilização”, enfatiza Fabiana Uehara.

 

Fonte: Contraf-CUT com Fenae


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