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1 de Novembro de 2019 às 08:45

Em reunião, CEBB solicita suspensão das remoções compulsórias e manutenção da licença-interesse


Crédito: Reprodução

Brasília - A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com representantes do banco nesta terça-feira (29), na sede do Sindicato, para solicitar a suspensão das remoções compulsórias que, desta vez, devem atingir 467 funcionários e extrapolam os limites das regiões metropolitanas e seus municípios limítrofes. Também foi reivindicada a manutenção da licença-interesse, que atualmente está sendo usufruída por cerca de 2.100 bancários.

Os representantes dos trabalhadores lembraram que o BB está descumprindo acordo firmado com as entidades pelo qual, após a fase de adesão voluntária ao Plano de Ajuste de Quadros (PAQ), lançado no final de julho, não seriam realizadas remoções compulsórias para municípios que não fossem os da origem dos funcionários.

O acordado previa remoções para localidades até 30km de distância do local de origem, podendo, no máximo, chegar a 50km quando não houvesse vagas em distância inferior. Mesmo assim, haveria uma consulta ao trabalhador antes de definida a remoção.

Alegações 

Segundo o BB, o parágrafo terceiro do artigo 469 da nova CLT dá respaldo às transferências compulsórias que estão sendo realizadas.

O banco alega que abriu várias vezes a possibilidade de remoção voluntária, inclusive pelo Sistema Automático de Concorrência à Remoção (SACR) especial em âmbito nacional. Como não conseguiu preencher as vagas existentes e permanecem funcionários em excesso em várias praças, foi necessário fazer as transferências.

Ainda de acordo com o BB, todos os funcionários que foram removidos compulsoriamente poderão concorrer a outras vagas pelo SACR especial. No entanto, os representantes dos trabalhadores retrucaram que as pessoas estão sendo removidas de suas cidades de origem porque, conforme alega a empresa, não existem vagas lá. Eles criticaram que o SACR não dará a esses trabalhadores a possibilidade de voltarem para suas cidades, sem contar que as remoções geram custo para o banco e para as pessoas transferidas.

O banco disse ainda que haverá outras rodadas de transferências de funcionários e que as Gerências de Pessoas estão orientadas a passar informações e atender os sindicatos para tratar desses casos.

Na rodada anterior de remoções compulsórias, o público-alvo era 577 funcionários. Destes, 206 foram removidos compulsoriamente. Os demais foram excluídos da lista de remoção por serem Pessoas com Deficiência (PCDs) ou terem problemas de saúde, entre outros motivos.

Licença-interesse

Também com o argumento de que precisa preencher vagas existentes, o banco está convocando funcionários que estão em licença-interesse, medida considerada equivocada pelos representantes dos trabalhadores, que enfatizam a discordância a essa política de gestão, que menospreza o ser humano e leva as pessoas ao desespero.

“Alterar a licença-interesse, que é um direito dos bancários, não é a medida mais eficaz para o preenchimento das vagas existentes. Se faz urgente a necessidade de um concurso para resolver o problema da falta de funcionários e da sobrecarga de trabalho no BB”, reitera o diretor do Sindicato Rafael Zanon.

Da Redação com Contraf-CUT


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