Após o Itaú fechar centenas de agências em 2019 e ter 3,5 mil funcionários que aderiram ao PDV (Programa de Demissão Voluntária), a COE (Comissão de Organização dos Empregados) cobrou da direção do banco informações sobre as expectativas para este ano, além da garantia de emprego e condições de trabalho.
Diante dos avanços tecnológicos no sistema financeiro, a representação dos trabalhadores se reuniu com o diretor executivo de RH do Itaú, Sérgio Fajerman, nesta quinta-feira (06/02), em São Paulo, para saber quais impactos na vida dos funcionários e clientes.
Em relação ao emprego e à alta rotatividade, ele disse que a empresa estuda mudar o formato, com investimento em treinamento e em capacitação. No entanto, afirmou não poder garantir que não terão mais fechamentos de agências.
Sobre a forma de atendimento do banco, Sérgio Fajerman afirmou que “atualmente temos uma estratégia departamentalizada, que são os clientes digitais e os clientes de agências”. A Comissão de Empresa lembra, no entanto, que, em nome da modernização e da redução de custos, a empresa não pode simplesmente fechar unidades, cortar postos de trabalho e empurrar o trabalho do bancário para o próprio correntista.
A COE ainda cobrou do Itaú investimento efetivo em saúde, bem-estar e o equilíbrio da vida pessoal e profissional dos empregados, além do combate a todo tipo de discriminação.
A antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) também foi questionada. O executivo disse que não tem o número fechado do valor. Lembrou ainda que, pelos processos internos, o Itaú costuma ser o último banco a pagar, e isso não deve mudar.