Essenciais para a luta contra o coronavírus, essenciais no Plano Nacional de Imunizações (PNI). Essa é a lógica defendida por bancários e bancárias de todo o país para que a categoria seja incluída como prioridade na vacinação contra a covid-19. No DF, o Sindicato percorreu dezenas de agências nesta quinta-feira (27), convocando os trabalhadores para se juntar à luta e dialogando com a população sobre a importância da imunização dos bancários. Nas redes sociais, também houve uma grande movimentação por meio de um tuitaço.
Entre os bancários, o número de mortes assusta. Do ano passado para cá, houve um aumento de mais de 170% no número de desligamentos por morte de trabalhadores no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Dieese. E esse é só um dos motivos que reforçam a necessidade da vacinação desses trabalhadores. O levantamento não especifica as causas das mortes. Mesmo assim, é possível deduzir que esse aumento está relacionado com os óbitos de bancários por Covid-19.
As mortes de trabalhadores de todas as categorias seguem a mesma tendência e cresceram 71,6% na comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021. No entanto, chama a atenção o salto maior verificado na categoria bancária, uma das que estão no atendimento essencial à população durante a pandemia.
Neste Dia Nacional de Luta, assim como nas últimas semanas, o Sindicato esteve em diversas unidades de atendimento presencial para levar informações sobre a mobilização dos trabalhadores pela vacinação da categoria. “No diálogo com os trabalhadores nas agências, reforçamos a importância de todos e todas se somarem à luta, cobrando do governo e dos parlamentares uma ação que proteja nossa vida a partir da vacina”, ponderou o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
Na oportunidade, diretores da entidade também verificaram as condições objetivas de trabalho, se os cumprimentos dos protocolos estão devidamente assegurados e se o rodiziamento também está sendo executado. Com o aumento da demanda para os bancários que estão na modalidade presencial, além da alta exposição à contaminação pelo vírus, eles ainda têm que lidar com a cobrança abusiva de metas.
Joanna Alves
Do Seeb Brasília