Porto Velho RO - A greve nacional dos bancários chegou ao seu décimo dia nesta quinta-feira, 15/10, com maior força em todo o país e, de acordo com lideranças do Comando Nacional dos Bancários, pode se tornar histórica por ser uma das maiores e mais fortes de todos os tempos.
Ontem, nono dia da greve, nos 26 estados e o Distrito Federal, 11.439 agências e 42 centros administrativos paralisaram suas atividades, de acordo com os números da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Em Rondônia o número de agências com as portas fechadas aumentou para 113 das 130 existentes no Estado.
No entanto, mesmo com toda essa ampliação no número de agências fechadas e de bancários que cruzam os braços em todo o território nacional, os representantes dos bancos continuam em silêncio e, com isso, provam estar desprezando totalmente os trabalhadores e também com os clientes e usuários dos bancos, que sofrem sem poder fazer suas operações bancárias.
“Está claro que os banqueiros não dão a mínima para os bancários e muito menos para a população em geral. Mesmo com os lucros exorbitantes obtidos semestre após semestre, e cobrando taxas obscenas dos clientes e usuários, os bancos continuam ignorando a greve e, com isso, penalizam aos bancários – verdadeiros responsáveis por gerar os lucros dos bancos com seu suor e sangue – e a população em geral, que esbarra diariamente com as agências fechadas e sem atendimento”, declara José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
Comando Nacional reforça necessidade de aumento real
O Comando Nacional dos Bancários se reuniu na tarde de ontem, quarta-feira, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para avaliar os nove dias de greve. O balanço feito pelos dirigentes de todo o Brasil é que o movimento está melhor a cada dia, com apoio dos clientes e da opinião pública em geral.
Os representantes sindicais ainda reafirmaram que os bancários merecem aumento real, por serem responsáveis pelos altos lucros dos bancos. "Nós continuamos mobilizados e na expectativa para que os banqueiros retomem a mesa de negociação com uma postura mais respeitosa. Enquanto isso, a greve continua ganhando força a cada dia", afirmaram.
Fonte: SEEB/Rondônia - Da redação