Brasília - Dirigentes sindicais de todo o país, que representam os bancários do HSBC, estiveram reunidos em Curitiba nos dias 19 e 20 de novembro, para avaliar as ações já realizadas em defesa do emprego dos trabalhadores, frente à possibilidade de venda das operações do banco inglês ao Bradesco, e debater quais serão os próximos passos desta luta.
Diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Paulo Frazão representou a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) no encontro realizado na capital paranaense.
O encontro contou com a presença do presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, que garantiu que a Confederação, junto com seus sindicatos e federações, se manterá ao lado dos trabalhadores e irá empreender todas as ações necessários para defender os empregos e os direitos da categoria.
A coordenadora nacional da COE/HSBC, Cristiane Zacarias, destaca que, além das inseguranças e incertezas que rondam os bancários do HSBC, o processo de venda do banco também gerou ainda mais assédio moral. “As pressões e ameaças se tornaram mais intensas. Enquanto isso, os trabalhadores continuam aguardando a assinatura do acordo que irá garantir os direitos conquistados nos últimos anos”, explica.
Ações jurídicas
Em novembro, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região entrou com um Mandado de Segurança que pede acesso ao Banco Central às informações do processo de compra e venda. O BC já oficializou sua posição contrária à abertura das informações, por se tratar de um processo sigiloso, mas a ação ainda não foi julgada. Agora, os bancários aguardam o julgamento, que deve acontecer nos próximos dias.
Luta internacional
A preocupação dos bancários brasileiros com o emprego no HSBC foi levada, inclusive, para a 18ª reunião do Comitê Executivo Mundial da UNI Global Union, que aconteceu em 11 de novembro, na Suíça. O presidente da Contraf-CUT sugeriu, durante os debates, que a UNI interpele o governo britânico. “No Brasil, denunciamos que 21 mil famílias estão inseguras e que o HSBC recebeu um banco saneado, lucrou por 18 anos e, por decisão burocrática da sua estratégia global, resolveu abandonar o país”, lembra.
Associação Brasil
Durante a reunião realizada em Curitiba, os dirigentes sindicais também debateram, com preocupação, o interesse da atual direção da Associação Brasil (AB) em vender as salas do Edifício Asa, que compõem o patrimônio da entidade.
Uma assembleia realizada no sábado (21), na sede Campestre da AB, em Curitiba, aprovou a venda das salas do Edifício Asa.
“Após intenso debate, foi aprovado o pedido do movimento sindical sobre a destinação dos recursos da venda das salas. Pela proposta deliberada, o valor será depositado em conta separada do fluxo de caixa e só pode ser retirado mediante autorização do Conselho de Administração Central”, explicou Paulo Frazão, ao lembrar que o valor total da venda das salas do Edifício Asa será destinado para cada clube, incluindo o de Brasília.
“É importante destacar que a decisão sobre a destinação destes recursos é dos associados”, acrescentou Frazão, suplente do Conselho de Administração da Associação Brasil.
Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação, com informações do Seeb Curitiba