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26 de Julho de 2016 às 06:25

Diretoria do BRB começa a mostrar as garras


Crédito: Reprodução

Brasília - Na última quarta-feira (20), em reunião numa agência do BRB, o superintendente Arnaldo Ramos disse que, com relação à campanha salarial, os funcionários teriam de se colocar na posição de donos do banco, e pensar igual ao banqueiro, pois a despesa de pessoal do BRB é muito elevada e o banco não teria condições de conceder nenhum reajuste. Afirmou ainda, em um tom que pode ser entendido como mais pressão, que caso o banco eleve a remuneração dos funcionários apenas para repor a inflação, os bancários teriam de trabalhar mais, bater mais metas, para cobrir a diferença do que seria pago a mais do que já é pago hoje.

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O Sindicato lamenta este tipo de opinião, e que parta de alguém do segundo escalão do banco, ou seja, de um empregado da instituição. “Se o banco realmente tem esta disposição de diminuir as despesas com pessoal, deveria começar por diminuir a quantidade de diretores. Com 3.200 funcionários, não se justifica oito diretores no BRB. Empresas maiores funcionam com menos diretores. Deveria também diminuir drasticamente o número de superintendentes, pois com mais de 30 nesta função, facilmente percebe-se que há no banco uma média de 100 funcionários por superintendência, isso sem contar com as funções hierarquicamente inferiores e que se ocupam de gerenciar, tais como gerentes gerais, gerente de área e gerentes de equipe. É como diz um velho ditado, o BRB tem muito cacique para pouco índio”, comenta Daniel de Oliveira, diretor do Sindicato.

“É fácil para alguém que ganha R$ 28 mil reais por mês falar em reajuste zero. Porém esta não é a realidade do BRB. A maioria dos funcionários recebe abaixo de R$ 5 mil reais, e o salário de ingresso é de apenas R$ 2.750,00, quase dez vezes menor do que o de um superintendente, que tem a ousadia e a capacidade de dizer um absurdo destes. Nossa campanha salarial terá como um dos eixos principais aumento real. Se o banco diz não ter condições de cumprir o que for decidido em mesa com a Fenaban, o problema reside em sua alta cúpula, com salários exorbitantes, e pouquíssima ou nenhuma produtividade”, reforça Eustáquio Ribeiro, diretor do Sindicato.

 
Fonte: SEEB/Brasília -Da Redação 


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