O Dia Internacional da Mulher é uma data reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1975, fruto de diversas lutas das mulheres em todo o mundo. No Brasil, essas lutas resultaram em conquistas importantes, como o direito a cursar a universidade (1879), o direito de votar e ser votada (1932) e a criação das leis Maria da Penha (2006) e do Feminicídio (2015).
Na categoria bancária, a organização das trabalhadoras já garantiu importantes conquistas para as mulheres. Entre elas, a licença maternidade de 180 dias, campanhas contra o assédio sexual no trabalho, a realização do Censo da Diversidade para promover a igualdade de oportunidades e, em 2020, a criação de canais de atendimento nos bancos para mulheres vítimas de violência.
Além das pautas de superação da violência e da ampliação das liberdades individuais, a defesa da democracia e de uma sociedade mais justa, igualitária e livre de opressões e exploração sempre foram questões centrais na luta das mulheres.
Por isso que, sempre nesta data do dia 8 de março, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região-MS, se faz presente nas agências bancárias para mostrar as conquistas e também para homenageá-las por essa importante data.
Neste ano os diretores do Sindicato percorreram no dia 6 de março todas as agencias onde entregou uma flor, simbolizando a luta e conquista das mulheres e também um jornal editado pela secretaria da mulher da Contraf-CUT, para todas as mulheres da base sindical de Dourados.
Mulheres bancárias em luta
Em consulta realizada pela Contraf-CUT entre os dias 28 de janeiro e 11 de fevereiro, que foi também divulgada pelo Sindicato em seu site, as bancárias definiram as principais bandeiras para o Dia Internacional da Mulher em 2020.
Veja os temas mais votados:
– Fim do assédio sexual e da cultura do estupro. A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no Brasil.
– Fim da violência contra a mulher e o feminicídio. No Brasil, uma mulher é morta a cada duas horas vítima da violência.
– Igualdade de oportunidades e salários. Atualmente, as trabalhadoras ainda ganham, em média, 20,5% que os homens no Brasil. Na categoria bancária, as mulheres admitidas, em 2019, receberam em média 75,7% do que receberam os homens admitidos no mesmo período. E a diferença persiste durante toda a carreira: as mulheres desligadas em 2019 recebiam, em média, 74,2% da remuneração médias dos homens desligados no mesmo período.
– Combate ao racismo e todas as formas de discriminação contra as mulheres. Mesmo sendo 49% do quadro funcional nos bancos e tendo melhor formação, o número de mulheres em cargos de diretoria é muito pequeno e a remuneração é 22,3% menor que a dos homens. Entre as mulheres negras, é ainda menor.
– Políticas de emprego decente, não ao trabalho precarizado. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), trabalho decente é aquele adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna.
Ato unificado em Dourdos
Em Dourados as mulheres se reuniram no Parque do Lago no Jardim Flórida e realizaram um ato em defesa de seus direitos tão duramente conquistados e contras as ameaças à democracia.
Será preciso muita força para resistir contra os retrocessos impostos pelo atual governo e estar unidas para combater a violência, os discursos misóginos, os ataques à democracia e aos nossos direitos conquistados, disse a diretoria do Sindicato Ivanilde Fidelis.
Ela disse ainda que é preciso lutar pela equidade salarial e pela igualdade de oportunidades.
* Com ionformações da Contraf