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9 de Março de 2020 às 18:38

Dia Internacional da Mulher: Sindicato destaca luta e entrega lembrança as bancárias


O Dia Internacional da Mulher é uma data reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1975, fruto de diversas lutas das mulheres em todo o mundo. No Brasil, essas lutas resultaram em conquistas importantes, como o direito a cursar a universidade (1879), o direito de votar e ser votada (1932) e a criação das leis Maria da Penha (2006) e do Feminicídio (2015).

Na categoria bancária, a organização das trabalhadoras já garantiu importantes conquistas para as mulheres. Entre elas, a licença maternidade de 180 dias, campanhas contra o assédio sexual no trabalho, a realização do Censo da Diversidade para promover a igualdade de oportunidades e, em 2020, a criação de canais de atendimento nos bancos para mulheres vítimas de violência.

Além das pautas de superação da violência e da ampliação das liberdades individuais, a defesa da democracia e de uma sociedade mais justa, igualitária e livre de opressões e exploração sempre foram questões centrais na luta das mulheres.

Por isso que, sempre nesta data do dia 8 de março, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região-MS, se faz presente nas agências bancárias para mostrar as conquistas e também para homenageá-las por essa importante data.

Neste ano os diretores do Sindicato percorreram no dia 6 de março todas as agencias onde entregou uma flor, simbolizando a luta e conquista das mulheres e também um jornal editado pela secretaria da mulher da Contraf-CUT, para todas as mulheres da base sindical de Dourados.

Mulheres bancárias em luta

Em consulta realizada pela Contraf-CUT entre os dias 28 de janeiro e 11 de fevereiro, que foi também divulgada pelo Sindicato em seu site, as bancárias definiram as principais bandeiras para o Dia Internacional da Mulher em 2020.

Veja os temas mais votados:

– Fim do assédio sexual e da cultura do estupro. A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no Brasil.

– Fim da violência contra a mulher e o feminicídio. No Brasil, uma mulher é morta a cada duas horas vítima da violência.

– Igualdade de oportunidades e salários. Atualmente, as trabalhadoras ainda ganham, em média, 20,5% que os homens no Brasil.  Na categoria bancária, as mulheres admitidas, em 2019, receberam em média 75,7% do que receberam os homens admitidos no mesmo período. E a diferença persiste durante toda a carreira: as mulheres desligadas em 2019 recebiam, em média, 74,2% da remuneração médias dos homens desligados no mesmo período.

– Combate ao racismo e todas as formas de discriminação contra as mulheres. Mesmo sendo 49% do quadro funcional nos bancos e tendo melhor formação, o número de mulheres em cargos de diretoria é muito pequeno e a remuneração é 22,3% menor que a dos homens. Entre as mulheres negras, é ainda menor.

– Políticas de emprego decente, não ao trabalho precarizado. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), trabalho decente é aquele adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna.

Ato unificado em Dourdos

Em Dourados as mulheres se reuniram no Parque do Lago no Jardim Flórida e realizaram um ato em defesa de seus direitos tão duramente conquistados e contras as ameaças à democracia.

Será preciso muita força para resistir contra os retrocessos impostos pelo atual governo e estar unidas para combater a violência, os discursos misóginos, os ataques à democracia e aos nossos direitos conquistados, disse a diretoria do Sindicato Ivanilde Fidelis.

Ela disse ainda que é preciso lutar pela equidade salarial e pela igualdade de oportunidades.

* Com ionformações da Contraf


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