Belém PA - Após um dia de mesa de negociação, em São Paulo, e nenhum avanço (leia aqui como foi a última rodada com a Fenaban); o nono dia de greve da categoria começou com mobilizações em frente as matrizes do Banpará, Banco da Amazônia, e nas superintendências da Caixa e do Banco do Brasil em Belém para lembrar aos banqueiros que a categoria segue firme e forte por uma proposta que represente avanços e conquistas para todos os bancários e bancárias.
“Conforme os dias vão passando a nossa luta requer maturidade e ao mesmo tempo tranquilidade, principalmente no Banco da Amazônia, que todos os anos tenta nos vencer pelo cansaço. Portanto a unidade entre os diversos setores do banco é de fundamental importância para o fortalecimento da nossa greve que é nacional e começou no mesmo dia em todo o Brasil. É da forma que começamos, juntos, que devemos seguir, porque unidos somos mais fortes”, afirma o diretor do Sindicato, vice-presidente da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade, durante o ato público que antecedeu a mesa de negociação específica.
Das mais de 100 cláusulas da minuta de reivindicações do funcionalismo do Banco da Amazônia, o Plano de Cargos e Salários (PCS) está entre as prioridades. “Os bancários e bancárias do Banco da Amazônia precisam urgente de um novo PCS que de fato valorize cada trabalhador. Entra ano e sai ano e a implantação do Plano não acontece. Em contrapartida os gastos com algo que nem sequer saiu do papel só aumentam e já superam mais dois milhões de reais. Queremos assinar um acordo específico para o PCS, de forma que se instale uma mesa permanente com reuniões mensais para tratar o assunto”, destaca o diretor do Sindicato e empregado do banco, Marco Aurélio Vaz.
Logo após a mobilização, dirigentes do Sindicato e da Fetec-CUT/CN entraram no prédio da matriz para a retomada da mesa com a Comissão de Negociação do banco. Desde o início da greve, essa foi a primeira vez que o banco chamou as entidades para uma nova rodada.
No Banpará, a Comissão de Convencimento vem aumentando a cada dia a adesão de mais bancários e bancárias ao movimento paredista. Na Caixa, o recado dos grevistas tem repercutido entre o funcionalismo do banco e também nas redes sociais.
“A ideia desses cartazes foi justamente para fazer o colega, que ainda não está em greve, refletir sobre suas decisões e se convencer que a luta é coletiva, que as conquistas são coletivas e quem decidiu paralisar as atividades e fazer a greve não está pensando só em si, mas em todo o funcionalismo do banco que precisa de melhores salários e condições de trabalho, e que principalmente, nesse momento de Campanha Nacional a luta da categoria é mais importante que o próprio trabalho”, ressalta a diretora do Sindicato e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira.
Além das mobilizações nas agências bancárias de Belém e Região Metropolitana, os bancários e bancárias de bancos públicos, no interior do Pará, fortalecem a greve fazendo com que o movimento paredista chegue também nas agências de bancos privados.
“A união e organização da luta dos bancários e bancárias em todo o estado são exemplo para as outras classes de trabalhadores e trabalhadoras pelo Brasil afora. É muito louvável quando vemos um colega, mesmo não sendo dirigente sindical, assumir essa representatividade e ampliar a nossa luta, já que somos menos de 20 diretores liberados e durante a Campanha Nacional precisamos estar concentrados onde ocorrem as mesas de negociação geral e específica para organizar a luta”, explica a presidenta do Sindicato e empregada do Banco do Brasil, Rosallina Amorim, que cumpre agenda sindical no sul do país.
Fonte: Bancários PA