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29 de Agosto de 2019 às 09:43

Credisis não oferece ganho real e ainda quer retirar 13º tíquete, direito já conquistado pelos trabalhadores


Crédito: SEEB/RO

Porto Velho RO - O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) recebeu, no dia 26 de agosto, ofício do Credisis, confirmando que, em reunião extraordinária realizada no dia último dia 21 de agosto, o Conselho de Administração do Sistema decidiu manter, como proposta de reajuste salarial - e demais cláusulas econômicas - apenas a reposição da inflação do período (4,78% - INPC). Os cooperativários do Credisis reivindicam o índice de reajuste de 10%, que inclui a reposição da inflação do período mais ganho real.

E para piorar o cenário do Acordo Coletivo 2019/2021 dos trabalhadores, os patrões voltaram atrás em sua promessa feita na segunda reunião feita com o Sindicato, em 26 de julho, em Ji-Paraná, e agora querem, de fato, excluir a cláusula que assegura o 13º tíquete alimentação, uma vitória da categoria obtida em acordos anteriores desde 2013.

Os patrões insistem na tese de que o atual cenário econômico em crise e que “atinge o mercado em geral”, são agravantes para o sistema não atender à proposta dos trabalhadores.

Os dirigentes do SEEB-RO sempre rejeitaram, ainda na mesa, a proposta patronal, e contra-argumentaram afirmando que, mesmo com crise econômica, o sistema financeiro em geral não é atingido, e até lucra ainda mais com a crise. Por isso mesmo o Sindicato vai realizar assembleia geral com os trabalhadores e já orienta pela rejeição da proposta, que passou de “insuficiente” para “provocativa” e “desmoralizadora”.

“As cooperativas de crédito estão tendo ótimos resultados financeiros ano após ano em Rondônia, mesmo com as crises econômicas. No entanto, os patrões além de não valorizar seus trabalhadores com aumento real de salário, plano de saúde 100%, distribuição de sobras (PLR dos cooperativários) e não propor a inclusão de nenhum novo benefício, nenhuma cláusula nova, ainda tem a audácia de querer retirar direitos já conquistados em anos anteriores e que hoje é parte fundamental do orçamento do trabalhador, e retirar isso é uma crueldade sem tamanho. É um caminho exatamente oposto à essência do cooperativismo, que é de cooperação e compartilhamento de conquistas. No entanto, essa postura patronal só comprova que o objetivo atual das cooperativas de crédito é só o lucro em detrimento ao bem social coletivo”, avalia José Pinheiro, presidente do SEEB-RO.

Fonte: SEEB-Rondônia - Rondineli Gonzalez

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