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10 de Dezembro de 2020 às 06:42

Caravana em Cametá: A espera pelo “Renda Pará” demora horas embaixo de um sol quente


A iniciativa do governo do Pará, por meio do “Renda Pará”, benefício que prevê pagamento de uma única parcela, no valor de R$ 100,00, aos beneficiários do programa “Bolsa Família”, do Governo Federal, é muito importante e necessário em tempos de pandemia, mas na hora de elaborar o calendário de saque e como ele seria feito, esqueceram de pensar nas principais pessoas que realizariam o pagamento aos beneficiários: os bancários e bancárias.

“A unidade conta com 13 funcionários, sendo que quatro estão afastados por serem do grupo de risco, graças a uma ação judicial que ingressamos. Um dos afastados, não faz parte do grupo de risco, mas estava com suspeita da covid-19. Soubemos que ela está bem na medida do possível, os sintomas são leves, e que a unidade já passou por desinfecção pela segurança e saúde de todos que trabalham ali, mas a jornada de trabalho tem sido exaustiva por conta do calendário de pagamento que segue até o dia 19 desse mês. Nós chegamos a encaminhar ofício ao banco cobrando reunião para tratar do assunto, mas não obtivemos nenhuma confirmação”, explica a diretora do Sindicato, Suzana Gaia.

Segundo o Banpará, cada dia de trabalho aos sábados e feriados, das 8h às 12h, poderá ser convertida em uma folga ou pagamento em dinheiro, conforme interesse do trabalhador ou trabalhadora acordado com o gestor ou gestora.

Em Cametá, na região do Baixo Tocantins, a agência do Banpará é extremamente pequena e por conta da pandemia, nenhuma aglomeração deve acontecer, seja dentro ou fora da unidade bancária.

“No interior da agência todos os protocolos de prevenção são cumpridos, mas do lado de fora, a realidade é completamente outra e a outra parte desse programa, os beneficiários, também foram esquecidos na programação do calendário de pagamento. Mães de família aguardam por horas debaixo de um sol quente, muitas são de comunidades próximas, a maioria espera em pé na fila, porque o banco disponibilizou uma tenda pequena e algumas cadeiras, ou seja, aglomeração foi o que mais vimos. Felizmente do lado de dentro, o procedimento é bem rápido, mas a exposição e os riscos de ser contaminado são diários”, conta o dirigente sindical, Gilmar Santos.

Gilmar e Suzana estiveram na cidade na quinta-feira passada (3), um dia após o ataque ao Banco do Brasil que terminou com a morte de um refém.

 

Fonte: Bancários PA


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