12 horas de barco separam Belém de Breves, no Arquipélago do Marajó, mas na última quarta-feira (18), a distância deu lugar a reencontros, conversas e na bagagem de volta 12 novas filiações.

Coincidência ou não, a Caravana Bancária retornou na mesma semana da última visita do Sindicato na cidade, em 2015. Há 6 anos, bancários e bancárias receberam a visita dos diretores, Tatiana Oliveira (hoje presidenta), Heider Alberto (mudou-se para SP) e José Maria Costa (titular Conselho Fiscal).

Nesta semana, as dirigentes sindicais Érica Fabíola e Rosalina Amorim percorreram as quatro agências bancárias de Breves, mas reunião mesmo só foi possível de fazer no Banco do Brasil, Bradesco e Banpará. “Na Caixa, por conta da alta demanda, conversamos individualmente com cada bancário e bancária, ali mesmo durante expediente. Fomos pela manhã e retornamos à tarde para tentar a reunião, mas como ainda tinha gente para ser atendido e nosso retorno para a capital era às 18h, infelizmente não foi possível. Mas isso não nos impediu de ouvir os colegas, entregar material informativo e divulgar nossa Campanha de Sindicalização e Atualização Cadastral”, conta Rosalina Amorim.

Por lá, a Campanha fez tanto sucesso que 12 bancários e bancárias vieram fortalecer ainda mais a luta da categoria. “Estudem, leiam para conhecerem e entenderem a importância do Sindicato para a nossa categoria. Mais do que brindes ou prêmios, quanto maior for a adesão de bancários e bancárias, mais poder de negociação a entidade que nos representa tem nas mesas de negociação”, explica Luiz Miranda, bancário do Banpará, filiado desde que tomou posse há 15 anos.

Não é à toa que hoje o funcionalismo do Banpará tem o melhor Acordo Coletivo de Trabalho do Brasil, assinado em setembro do ano passado. “Somente nós bancários e bancárias do Banco do Estado do Pará temos a 13ª cesta completa, ressarcimento por objeto roubado, anuênio, licença-prêmio que incorpora ao salário, terapias holísticas; e tudo isso só foi possível graças às várias rodadas virtuais de negociação, devido a pandemia, e também à força do funcionalismo do Banpará, que é onde temos um dos maiores percentuais de filiados. E nas últimas greves que fizemos, a adesão dos colegas chega a ser de mais da metade, o que faz toda diferença quando as entidades se sentam para negociar”, destaca Érica Fabíola.

E assim a Caravana Bancária se despediu de Breves, depois de 6 anos de saudades e, também, da acolhida com a mesma intensidade de 2015. “Estamos no mês dos bancários e bancárias e as Caravanas em agosto tem um significado especial pra gente, por esse motivo. Por fazermos parte da única categoria de trabalhadores e trabalhadoras do país a terem uma Convenção Coletiva Nacional e que para esse ano já tem garantida a reposição da inflação e mais meio porcento de ganho real”, explica a diretora de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

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Fonte: Bancários PA