Foram dois dias (14 e 15) de visitas às agências bancárias de Baião, Mocajuba e Cametá, municípios às margens do rio Tocantins. A saída de Belém foi por volta das 7 horas da manhã.

Entre balsas e muitos quilômetros de estradas, os dirigentes sindicais Cristiano Moreno, diretor Jurídico; Heládia Carvalho, diretora de Saúde; e José Maria Costa, titular do Conselho Fiscal, chegaram a Baião, município com cerca de 270 quilômetros da capital. Lá, conversaram com os colegas que seguem angustiados pela falta da vacina, ao mesmo tempo em que estão esperançosos com a inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunização.

Em Mocajuba, a Caravana Bancária foi recebida com carinho pelas colegas do Banco do Brasil. “Êêê, olha, é o pessoal do Sindicato”, disse sorrindo Carla Zimmermann, bancária que veio transferida de Itaituba. Ela contou ainda que ter a entidade presente é importante. “De certa forma nos sentimos amparados, principalmente com esses constantes assaltos na região. A gente ‘tá’ muito feliz; eu as colegas de ter recebido a visita do Sindicato aqui. Fazia tempo que não vinha. Esperamos que continue esse processo de visitas às agências que é muito importante pra gente”, enfatizou.

Em dezembro do ano passado, a agência do Banco do Brasil foi parcialmente explodida e um dos reféns morreu durante troca de tiros entre a polícia e os criminosos.

Com a pandemia, sem vacinas, milhões de contaminados e milhares de mortos, a comunicação com os bancários e bancárias foi totalmente virtual, com aplicativos de mensagens instantâneas e reuniões por videoconferência. Para Heládia Carvalho, dirigente sindical, foi emocionante poder voltar a encontrar com a categoria.

Eu ‘tô’ realmente feliz de poder visitar as agências e encontrar com os colegas. Todos bastante esgotados, pois não pararam durante a pandemia, é uma alegria e uma emoção ver como eles recebem a gente com muita receptividade. Na agência da Caixa, por exemplo, três colegas se sindicalizaram, e agora se juntam à luta”, disse.

Em Cametá, também conhecida com a Pérola do Tocantins, as visitas começaram nas primeiras horas da quinta-feira. Por lá, filas enormes, clientes no sol, agências lotadas e bancários e bancárias ainda não vacinados, o que tem gerado tensão pelo medo da infecção e reinfecção, mas que não inibem a esperança de que o tão esperado dia da imunização deles logo chegue.

Para Cristiano Moreno, voltar às visitas presenciais é estar mais perto da base. “Poder participar da Caravana de Baião, Mocajuba e Cametá, além de nos aproximar e nos dar a oportunidade de ouvir as principais reivindicações dos colegas, temos também a chance de ver de perto os problemas e peculiaridades do ambiente de trabalho bancário naquela região. Espero retornar em breve”.

José Maria que é filho de Igarapé-Miri, contou como é poder voltar à região e conversar com os colegas. “É sempre um prazer estar de volata e poder visitar as agências bancárias das cidades cortadas pelo meu velho rio Tocantins. Parabenizo os colegas bancários e bancários desses municípios, pois nos deram oportunidades de ouvi-los e trazer os seus problemas para o debate com o restante da categoria”.

Fonte: Bancários PA