Era domingo, 20 de fevereiro, por volta de oito horas da manhã, quando a equipe composta pelo diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários, Márcio Saldanha; e pela diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim saíram de Belém rumo a Marabá. Foram mais de 500 quilômetros e cerca de 8h para chegarem ao seu destino. Às 15h do mesmo dia, a equipe composta pelas diretoras Heládia Carvalho, Eliana Lima e a vice-presidenta Vera Paoloni partiram de avião, onde encontrariam em Marabá a equipe que foi estrada, mais os diretores da região, Heidiany Moreno e Wellington Araújo.
1º dia
Na segunda, 21, começou nossa caravana. Café da manhã animado, entre expectativas, gargalhadas e muitas histórias, às 7h da manhã uma equipe foi para Jacundá e Nova Ipixuna, enquanto a outra partiu rumo a Parauapebas, ou “Pebinha de açúcar” como chamam carinhosamente os moradores da região.
2º dia
Dia 22, terça-feira, foi a vez da equipe composta por Vera, Rosalina e Heládia partirem para São João do Araguaia, onde naquele mesmo dia seria inaugurada a primeira agência bancária do município e era do Banco do Estado do Pará. Lá a equipe sindical conheceu os novos funcionários, vindos de Marabá, Jacareacanga (no Alto Tapajós) e Capitão Poço. O último confidenciou que chorou por duas semanas de saudade da família, mas que agora está adaptado e muito animado com o trabalho em uma cidade nova.
Enquanto isso, no Banpará de Parauapebas, os dirigentes sindicais verificaram que sete funcionários estão afastados da agência com licença médica.
De São João do Araguaia a equipe partiu para São Domingos do Araguaia, que também tinha uma agência recém-inaugurada do Banco do Estado. Também houve conversas com os colegas do Bradesco e Banco do Brasil. E a caravana saiu do BB com a agência 100% sindicalizada.
A equipe de Parauapebas estava na estrada para Canaã dos Carajás, quando um pneu do carro furou, o que atrasou um pouco a chegada. “Coisas da caravana (risos)”, resumiu Heidiany.
E de São Domingos a equipe partiu para São Geraldo do Araguaia, município na margem direita do Rio Araguaia, no Estado do Tocantins, onde está a cidade de Xambioá, um ícone da guerrilha do Araguaia. Lá, conversaram com os colegas do Bradesco, do Banco do Brasil, que ficaram entusiasmados com a visita da companheira Rosalina Amorim, que há algum tempo não ia ao município. A Caravana saiu de lá com a agência do Banpará 100% sindicalizada.
De São Geraldo a equipe partiu para Piçarra, seria a primeira vez, em 52 anos, que o Sindicato dos Bancários iria até o munícipio. Foram cerca de 8 quilômetros de asfalto e quase 40 de estrada de chão, lama e atoleiro.
Chegaram à cidade, que contava com um posto de atendimento do Bradesco e uma Agência do Banpará. A recepção foi calorosa, recheada de muito afeto e entusiasmo por receberem presencialmente os dirigentes do Sindicato.
“Todos os dias estamos nas agências conversando com centenas de colegas, seja fisicamente ou virtualmente, e quando chegamos pela primeira vez em uma cidade como Piçarra, com todos os desafios logísticos que tivemos para chegar até lá, fortalece o sentimento de desafio e orgulho por fazer política na Amazônia, e mais ainda, fortalece o sentimento de que a luta vale muito a pena mesmo”, desabafou a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.
3º dia
No dia 23, terceiro dia da Caravana Bancária, a companheira Eliana Lima completou 50 anos. São cinco décadas de “chuvernos” e “chuverões” (No Pará chove no inverno e chove no verão), e a maioria deles dedicados à luta do povo através da sua militância sindical.
Neste dia de comemoração a equipe composta pela aniversariante visitou as agências de Canaã do Carajás. Conversaram com os colegas da Caixa, que estão trabalhando em condições caóticas. Agência suja, filas enormes, dos 13 funcionários, apenas 8 estão trabalhando e os colegas não possuem nenhum tipo de atendimento do Saúde Caixa na cidade. “Essa agência é insalubre, a situação é caótica. A quantidade de funcionários não tem condições de atender as demandas da população toda”, detalhou Wellington Araújo.
Ainda em Canaã conversaram com os colegas do Bradesco, Banco do Brasil e Banpará. A última também é uma agência 100% sindicalizada.
No mesmo dia, a equipe de Vera, Rosalina e Heládia partiram para Dom Eliseu. Conversa com os colegas do Banpará, Banco da Amazônia, Caixa, Bradesco e Banco do Brasil e voltaram com a agência do BB 100% sindicalizada. Depois percorreram mais 15 quilômetros até a Vila de Itinga do Pará, um distrito de Dom Eliseu que fica na divisa com o Maranhão, onde estiveram com os 3 colegas sindicalizados do Banco do Estado do Pará.
De lá, foram até Rondon do Pará. Sol muito forte na cidade e a visita foi aos colegas do Banco do Brasil, Banpará, Bradesco, Caixa Econômica, Santander e Banco da Amazônia. Mais uns quilômetros e chegaram em Abel Figueiredo, onde conversaram com os colegas do Bradesco e Banpará, onde a gerente Lindinalva foi campeã da Corrida dos Bancários de Marabá.
Nesta noite, ambas as equipes estavam em solo Marabaense para o 4º dia de caravana. À noite, pizza, bolo, suco, parabéns, abraços e desejos de muitos anos de vida à companheira Eliana.
24 de fevereiro, quinta-feira, a caravana se dividiu em três equipes. Uma equipe foi composta por Rosalina Amorim e Márcio Saldanha que visitaram os colegas das agências dos municípios de Bom Jesus do Tocantins e Itupiranga. A equipe composta por Welington Araujo, Heládia Carvalho e Eliana Lima visitaram as agências de Marabá. E a equipe composta por Heidiany Moreno e Vera Paoloni partiram para Palestina do Pará e para a primeira visita do Sindicato em Brejo Grande do Araguaia.
Em Brejo Grande do Araguaia, nossas dirigentes encontraram o Posto de Atendimento do Bradesco em situação precária, com as lajotas da entrada quebradas, além do ar-condicionado que não estava funcionando e encontrava-se sem proteção alguma.
“Estamos em Palestina, município relativamente longe dos centros urbanos, mas que já recebeu o sindicato há uns 4 meses e agora de novo. A gente sente o sindicato realmente muito presente”, contou o funcionário do Banpará, Márcio Lima.
“Quero agradecer a visita do Sindicato, eu sou sindicalizado e sempre que precisei tive ajuda. Um dia desses precisei ir a Belém e fiquei no alojamento bem baratinho, paguei apenas uma taxa de manutenção que inclusive é importante para fortalecer a luta”, relatou Danyel, ex-vigilante da agência e que agora é bancário do Banpará.
Em Palestina do Pará, mais uma agência do Banpará 100% sindicalizada. Foram cerca de 5 mil quilômetros entre Belém, região de Marabá e a volta para Belém. Muitos desafios colocados, muito mais a serem vencidos e uma certeza: é necessário muita unidade e resistência para continuarmos seguindo na luta!
Fonte: Bancários PA