Fruto de acordo coletivo que permite a distribuição de até 20% do lucro líquido do período, os empregados do BRB receberam na última quarta-feira (19) a PLR referente ao resultado do segundo semestre de 2019. O pagamento ocorreu no mesmo dia em que o presidente do banco, Paulo Henrique Costa, divulgou o resultado de 2019 ao corpo de funcionários em evento ocorrido no Centro de Convenções de Brasília, que contou com a participação de expressivo número de empregados.

No evento, além da divulgação do resultado de 2019, o presidente apresentou números que, nas palavras dele, evidenciam um banco mais pujante, em crescimento, competitivo e com perspectivas futuras muito positivas. Paulo Henrique falou, entre outras coisas, sobre a transferência da sede do banco para um imóvel localizado próximo à nova sede do Banco do Brasil, na 402 Norte. E discorreu ainda sobre: 1) a expansão da instituição, com a abertura de escritórios em diversas unidades da federação (já há uma unidade em Parnaíba, no Piauí, e está em vias de abrir uma em Tocantins); 2) novas contratações (foram convocados 70 funcionários aprovados em concurso realizado em 2019, sendo 50 na própria quarta-feira); 3) possibilidade de compra de fintechs; 4) de ações internas voltadas para os empregados, como a abertura de um escritório no Vale do Silício (EUA), com vistas a enviar empregados do banco para especialização, especialmente na área de tecnologia; 5) programas de premiação paralela ao pagamento da PLR para alcance de metas; e 6) reestruturação do plano de carreira, que, entre as alterações em estudo pelo banco, está a criação de uma atividade de suporte ao corpo gerencial.

Paulo Henrique falou também da realização de seleção interna para a formação de novos gerentes de negócio.

“Em modo espetacular e técnicas motivacionais, o presidente do banco apresentou realizações, muitos projetos e propostas que indicam o fortalecimento do BRB. Caberá acompanhar (e o Sindicato e a Fetec-CUT/CN estão acompanhando com rigor) essas iniciativas, assim como a prática quanto a salários, FGs, comissionamentos/descomissionamentos, direitos e condições de trabalho de quem entregou este resultado de 2019”, comenta André Nepomuceno, diretor da Fetec-CUT/CN, que continua suas observações, “quanto à expansão e à compra de participações em empresas financeiras, cabem apurados limites prudenciais e uma estratégia que se sustente no tempo, com os devidos meios para a execução”.

“Importante ressaltar que a expansão do banco de forma sustentada, especialmente para o Centro e Norte do país, em um arranjo institucional que envolvesse governos e setor produtivo locais, de forma a dar segurança à esta expansão, já era apontada pelo Sindicato desde 2014. Adotando o cuidado devido, o Sindicato vê esta iniciativa como positiva”, diz Alexandre Augusto, diretor do Sindicato e também presente ao evento.

Resultado de 2019

Em 2019, o banco apresentou o maior lucro contábil de sua história, de R$ 418,8 milhões, uma expansão de 69,1% frente a 2018 (resultado contábil). Deste valor, R$ 412,3 milhões foram de lucro recorrente (expansão de 56,8% frente a 2018). O resultado decorre fundamentalmente da elevação de receitas de intermediação financeira, que se elevaram em 10,09% (diferença entre concessão de crédito e captação), do resultado das operações com cartão e seguros, recuperação de créditos e, ainda, do incremento de receitas de prestação de serviço, com expressivo aumento de 14,36%. Cabe destacar também a redução de provisão para devedores duvidosos, cujo índice apresentou uma queda de 8,5% (0,3 pontos percentuais). Sobre este item, o Sindicato espera que esteja sendo dada a devida atenção quanto à avaliação de risco das operações, pois, embora o balanço evidencie uma excelente qualidade da carteira, a inadimplência no BRB está descolada do conjunto do sistema financeiro, com um índice de 1,7% contra uma taxa do sistema de 2,9%. O Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) está fazendo uma análise detalhada do balanço, e tão logo esteja concluída, o Sindicato divulgará mais dados.

“Esse impressionante resultado em âmbito nacional mostra a capacidade e dedicação dos funcionários do BRB, em todas as suas frentes, como agências, DG, TI, sem deixar de lado as coligadas, e de uma gestão ativa como a do Paulo Henrique, consolidando ainda mais a importância do BRB público e forte para Brasília e, já em curso, para outros estados também”, comenta Ronaldo Lustosa, diretor do Sindicato, que também participou do encontro.

PLR

O acordo de PLR do BRB é seguramente o melhor dentre os bancos do país, e supera o previsto na Convenção Coletiva Nacional (CCT). Pelo acordo, o mínimo distribuído corresponde a 15% do lucro líquido, podendo chegar a 20%, a depender da rentabilidade do banco. Quando esta rentabilidade supera os 20%, o banco tem de distribuir 20% do lucro líquido. Assim, em função do resultado do segundo semestre de 2019 ter alcançado uma rentabilidade de 27%, o montante distribuído foi de 20% deste lucro, depois de descontada a reserva legal.

Do montante distribuído, 60% foi linear, e os 40% restantes corresponderam a um percentual do valor de referência de cada função do banco. Quanto ao alcance de metas, todas as unidades que atingiram a partir de 90% de suas metas receberam a parte variável.

“Este modelo vigiu em todo o ano de 2019, e o Sindicato e o banco estão em discussão sobre o modelo para 2020. O Sindicato defende, e o conjunto de empregados merece, que no mínimo o que se tem hoje seja preservado, pois é fundamental que aqueles que realizam o resultado do banco sejam premiados”, considera Daniel de Oliveira, diretor do Sindicato.

Também estiveram presentes ao evento de divulgação dos resultados do banco os diretores do Sindicato William Vaz e Raquel Lima, e os da Fetec-CUT/CN Samanta Sousa e Ivan Amarante.

Da Redação