Brasília - A aposta de boa parte dos funcionários do BRB no governo Rollemberg se esvaiu de vez. O governo se desmanchou antes mesmo de começar, e a diretoria do BRB, por ele escolhida, mostra a cada dia sua face verdadeira de descaso e descompromisso com o banco e com seu corpo funcional. A tese de se ter um presidente originário dos quadros do banco, pelo menos nesta gestão de Rollemberg, com Vasco Gonçalves, tem se mostrado um fiasco, com um gosto de doce ilusão de que seria algo diferente do que foi até hoje no BRB. A cada dia, a descrença, a desesperança, e o desânimo com o presidente Vasco se esvaem.
A atual diretoria, capitaneada por Vasco, depois da trapalhada da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) não paga no primeiro semestre, do despropósito da proposta inédita de reajuste zero, agora inova com mais uma iniciativa típica de quem detesta os trabalhadores, e vê neles inimigos a serem combatidos, e não aliados a serem valorizados.
A diretoria do banco, ao invés de ter postura digna e buscar negociar, recorreu à Justiça em busca de uma medida antissindical denominada “interdito proibitório”, numa clara demonstração de desprezo para com seus funcionários, ignorando a premissa básica da democracia: a convivência pacífica entre os diferentes e a necessidade de diálogo para resolução de conflitos.
A medida conseguida pela atual diretoria, algo que nem nos piores momentos da ditadura civil-militar nos anos 60, 70 e 80, nem sob a nefasta presidência de Tarcísio Franklin foi tentado, determina que não se pode obstruir o acesso às dependências do banco, numa clara iniciativa de tentar intimidar os trabalhadores que estão diariamente percorrendo as unidade do BRB para convencer e estimular mais bancários a aderirem à greve.
“Este tipo de atitude arbitrária, típica dos covardes, não arrefecerá o ânimo daqueles que lutam por melhores dias. A história é repleta de exemplos de que é preciso determinação e coragem para se avançar, e não é esta decisão e de uma diretoria com ares de fascismo que fará com que nosso movimento esmoreça. Diante de tamanha truculência, fazemos um chamamento à consciência dos bancários do BRB: venham para a luta, não se deixem amedrontar por quem demonstra não se preocupar com você nem com o futuro do banco”, afirmou o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, também bancário do BRB.
Ao invés de tomar medidas deste tipo, amparado por um discurso falso de que esta em busca de economia, a diretoria precisa explicar gastos como os listados abaixo.
1 – Prejuízo de aproximadamente R$ 50 milhões com as conveniências.
2 – Contrato de aproximadamente R$ 3 milhões anuais com as 10 vans que operam serviços do banco, independentemente se estão em uso ou não. O aluguel de cada van fica em torno de R$ 300 mil por mês. Por este valor de um ano de contrato, o banco compraria o mesmo número de vans e as equiparia, e provavelmente ainda sobraria um troco.
3 – Pagamento de aproximadamente R$ 80 por terminal de caixa de conveniência, independentemente de ele funcionar ou não.
4 – Gastos com os projetos ERP e IBM, superiores a R$ 30 milhões somente neste ano, projetos cuja eficácia são contestadas, visto que para o momento não agregam ao BRB.
Para quem diz que está em um processo vigoroso de economia, este tipo de atitude não se explica, além de suscitar desconfianças de que pode haver irregularidades por trás delas. Esta diretoria perde moral ao falar da necessidade de contenção de gastos, especialmente com pessoal, diante de situações como estas, que demonstram a real face dessa diretoria do BRB: atacar funcionários, em um claro sinal de desprezo para com estes, e ser condescendente com aquilo que realmente prejudica o banco.
Além do que foi citado acima, quanto a gastos, cabe também questionar ao governo e à diretoria:
1 - O que realmente faz Ricardo Leal no BRB, considerado eminência parda do banco, o real “presidente”?
2 – O que faz Colombini no BRB, que, segundo boatos, não trabalha, e apenas recebe seu salário de R$ 25 mil por mês?
3 – Qual a relação de Ricardo Leal com Adônis, diretor da Corretora BRB?
4 – O que explica o desalojamento de um funcionário sabidamente competente da Financeira BRB para acomodar um aliado da deputada Sandra Faraj? Isto depois de ali alojar um aliado de Rogério Rosso.
5 – Por que o governador indicou para a diretoria um diretor que, no governo Arruda, como diretor, se calou diante de uma operação fraudulenta que deu R$ 134 milhões de prejuízo ao banco?
O governador Rollemberg, por detrás de seu discurso de ética, meritocracia e transparência, também se torna responsável pelo que ocorre no BRB, visto que já sabe de tudo isso, e nada faz para mudar este estado de coisas.
Não podemos deixar isto assim, ficar calados e nos submetermos aos desmandos de uma diretoria perdida, e de um governo inepto, cujo mote é apenas massacrar funcionários, com um discurso falso, diante das evidências que surgem sobre malfeitos no BRB, conforme se comenta fartamente no banco.
Neste momento da Campanha Nacional 2015, vamos denunciar este tipo de situação, e vamos aos órgãos competentes cobrar apuração rigorosa destes indícios de malversação do dinheiro do banco, aliado a um crescimento vigoroso de nossa mobilização, em busca de uma proposta para nossa Campanha que atenda minimamente a reivindicação dos bancários.
Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação