Em um comunicado via e-mail, a direção do Banco do Brasil orientou as agências a retirarem a proteção de acrílico das mesas e guichês de caixa. Essa medida gerou revolta em trabalhadores e sindicatos, pois a proteção havia sido uma reivindicação atendida no período da pandemia do coronavírus.
Durante a crise sanitária causada pela Covid-19, o movimento sindical, incluindo o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, lutaram pela implementação de medidas de proteção nos locais de trabalho. O uso de barreiras de acrílico foi uma das conquistas desse período, visando reduzir a transmissão do vírus entre funcionários e clientes.
As barreiras se tornaram eficazes não apenas contra as doenças respiratórias, mas também na segurança pessoal dos funcionários, evitando qualquer tipo de ataque ou agressões vindas de clientes.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Neide Rodrigues, expressou sua discordância com a orientação do banco e destacou que o vírus da Covid-19 continua presente, assim como outras doenças transmitidas pelo ar.
“O Banco do Brasil tem a obrigação de garantir a segurança dos trabalhadores, a retirada dos acrílicos deixa o bancário vulnerável, não somente ao vírus da Covid-19, mas também a todas as doenças respiratórias que temos, uma vez que o banco atende centenas de clientes diariamente. Vamos continuar na luta para que essa medida seja suspensa, pois a segurança dos trabalhadores deve ser prioridade”, disse a presidenta Neide.
Luciana Rodrigues, diretora do sindicato e bancária do Banco do Brasil, reforçou que a proteção de acrílico foi conquistada após muita pressão do movimento sindical durante a pandemia.
“A proteção de acrílico trouxe muito mais segurança aos bancários e bancárias, a decisão do banco em remover as barreiras se torna inconsequente, pois a direção não está levando em conta a opinião e a segurança dos trabalhadores”, afirmou.
A remoção das barreiras de acrílico levanta preocupações do movimento sindical quanto à exposição dos funcionários a riscos de infecção. O SEEBCG-MS, junto com a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), vai mobilizar esforços para negociar com a direção do Banco do Brasil, e buscar uma solução para manter os trabalhadores protegidos.