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Belém PA - A prática tucana do governo Jatene (PSDB), de se esquivar das negociações e utilizar de subterfúgios sórdidos para jogar trabalhador contra trabalhador, está cada vez mais latente nesta Campanha Nacional 2015 dentro do Banpará.
Depois de cancelar duas rodas de negociações por capricho, intransigência e autoritarismo da direção do Banpará, que tentou determinar, sem sucesso, quem deveria representar os trabalhadores na mesa de negociação específica; e depois de somente negar e não apresentar nenhuma proposta para a minuta de reivindicações da categoria, que está em greve nacional desde o dia 6 de outubro, o Banpará tenta tirar proveito de uma agenda unilateral improvisada, para querer posar de bom patrão e tentar colocar o funcionalismo do banco contra as entidades sindicais.
O Banpará em nenhum momento dialogou previamente com o Sindicato dos Bancários do Pará, a Contraf-CUT, a Fetec-CUT Centro Norte, e a CUT Pará, para construção dessa agenda de negociação. Mais uma vez o banco demonstra sua intransigência quando tenta impor uma agenda súbita, sem tempo hábil para que representantes da nossa Confederação, por exemplo, pudesse se deslocar à Belém para participar da reunião.
Mesmo assim, e diante do silêncio da Fenaban, que até agora não apresentou nenhuma proposta diferente da que foi rejeitada em assembleia no dia 1º desse mês, o Banpará enviou ofício ao Sindicato no início da tarde dessa quarta-feira, 14 de outubro, pois sabia que as entidades não tinham como atender a agenda proposta pelo banco de reunir às 11 horas dessa quinta-feira (15), na matriz da empresa, para uma nova “rodada” de negociação.
Prontamente o Sindicato dos Bancários do Pará respondeu ao ofício do banco, reiterou a sua disposição para negociação e solicitou que a mesa de negociação específica fosse remarcada para a próxima segunda-feira (19), no mesmo horário e local sugerido pelo banco, para que todas as entidades sindicais envolvidas no processo de negociação pudessem participar.
Porém, em vez de responder ao ofício do Sindicato e respeitar a diplomacia e a democracia no processo negocial, o Banpará resolveu agir de forma covarde, como é prática do tucanato, e publicou nota para seu funcionalismo dizendo que são as entidades sindicais que não querem negociar.
Tal atitude merece o repúdio veemente do Sindicato dos Bancários do Pará, da Contraf-CUT, da Fetec-CUT Centro Norte e da CUT Pará, e de toda a categoria bancária em greve, que a todo momento se dispôs a negociar com o banco.
Queremos deixar claro que estamos em greve exatamente porque o Banpará e os demais bancos querem nos impor uma proposta de perdas salarias e de precarização das nossas condições de trabalho. Isso nós não aceitamos e vamos seguir na luta até que nossas reivindicações sejam atendidas.
Não aceitamos chantagens, nem tão pouco que o banco tente colocar a categoria contra as entidades sindicais. Essa atitude demonstra o desespero de uma direção que se esquiva do debate sério e democrático na mesa de negociação e que vê nossa greve crescer e se fortalecer a cada dia. E seguiremos assim, em greve até que o banco tenha a coragem de nos apresentar uma proposta decente e que atenda aos interesses dos trabalhadores.
#SóHáConquistaComLuta!
Sindicato dos Bancários do Pará
Contraf-CUT
Fetec-CUT/CN
CUT Pará