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4 de Outubro de 2016 às 08:27

Banpará apresenta proposta e Sindicato convoca assembleia


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Após 28 dias de forte greve do funcionalismo do Banpará, das intensas mobilizações da categoria e da derrubada da liminar de interdito proibitório, o Banco do Estado retomou na tarde desta segunda-feira, 3 de outubro, a mesa de negociação específica para apresentação de proposta às entidades sindicais (clique aqui e veja na íntegra).

O Banpará reafirmou que seguirá a Fenaban para o índice de reajuste salarial, mas como diferencial ofereceu 1% a mais para correção da PLR Social, passando para 5% linear com pagamento adiantado de R$ 2.000,00 em até 72 horas após o fim da greve.

O banco também disse que seguirá a regra da Fenaban para aos dias parados.

Além disso, propôs ampliar o anuênio dos atuais R$ 55,00, para R$ 80,00.

No PCS, o Banpará oferece uma promoção em janeiro de 2017 para todos com até 1 (um) ano de banco até 31/12/2016, porém com nova contagem do marco, a partir de 01/01/2017.

Entidades avaliam que proposta pode melhorar

O Sindicato dos Bancários do Pará, a Contraf-CUT e a Fetec-CUT Centro Norte avaliaram que a proposta ainda não é suficiente e que pode ser melhorada. Tanto que ofereceram como contraproposta:

– Um aumento maior para o anuênio,
– Garantia de promoção por tempo de serviço e por merecimento em janeiro de 2017 sem reiniciar a contagem do marco da tabela do PCS e mantendo o patamar de 2014,
– Abono dos dias parados,
– 1 dia a mais na Licença Prêmio (passando de 9 para 10 dias de licença).

“Entendemos que a retomada da mesa de negociação foi positiva, mas a proposta ainda não é suficiente diante das reivindicações específicas do funcionalismo do Banpará. O banco tem plenas de condições de atender nossa contraproposta, tendo em vista o crescimento do seu lucro ano após ano, fruto do trabalho e dedicação exaustiva do seu funcionalismo, basta ter vontade política para resolver esse impasse que já se arrasta por quase um mês de paralisações. Sem essas melhorias que estamos solicitando, orientaremos a assembleia a rejeitar a proposta”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

“Infelizmente o banco adotou a tática de se esconder atrás da mesa da Fenaban e se esquivou como pôde do processo de negociação com as entidades sindicais. Se tivéssemos mantido a mesa específica e tratado de forma democrática o debate em torno de nossa minuta específica, já tínhamos superado o impasse e interrompido a greve no Banpará. Sabemos que esta já é uma das maiores greves dos últimos anos, mas é hora de ter paciência, serenidade e força suficiente para resistir em defesa dos nossos direitos. Não sairemos dessa greve com perdas para a categoria”, destaca o diretor da Contraf-CUT, Adílson Barros.

“Embora tenha duas conquistas já arrancadas nesta greve (aumento do anuênio e da PLR social), entendo que a direção do banco precisa abonar os dias da greve e dar uma promoção no PCS sem essa de reiniciar a contagem do tempo. É um direito conquistado e direito se cumpre. Se avançar nesses itens, teremos uma proposta. Por enquanto, temos um pedaço e ainda insuficiente”, afirma a diretora da Fetec-CN e funcionária do Banpará, Vera Paoloni.

Todos e todas à assembleia do Banpará nessa terça (4), às 17h!

O Sindicato convoca todos os bancários e bancárias do Banpará para assembleia de avaliação e deliberação sobre a proposta apresentada pelo banco, a qual será realizada nesta terça-feira, 4 de outubro, às 17 horas, na sede do Sindicato (Rua 28 de setembro nº 1210, Reduto).

A orientação do Sindicato é pela rejeição da proposta.

Fonte: Bancários PA


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