Brasília - Pressionada pela forte greve da categoria, que entrou na terceira semana, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) retomou nesta terça-feira (20), em São Paulo, as negociações com o Comando Nacional, que rejeitou de pronto a nova proposta apresentada de reajuste de 7,5% e sem o abono salarial de R$ 2,5 mil.
Em contrapartida, os representantes dos bancários de todo o país reafirmaram que querem negociar ganho real (acima da inflação de 9,88%), e não propostas que representam perdas para os trabalhadores.
Depois de algumas interrupções, as discussões devem continuar nesta quarta-feira (21), a partir das 11h, após os representantes patronais consultarem os banqueiros.
“A retomada das negociações após 15 dias de greve foi positiva e demonstra que a greve tem um sentido e tem repercussão”, frisou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, que integra o Comando Nacional e está em São Paulo participando das negociações. Nesta terça, a greve atingiu 12.567 agências e 33 centros administrativos em todo o Brasil, com possibilidade de crescimento. “Temos que continuar mobilizados, demonstrando a unidade da categoria, e, com a força da greve, buscar mais uma vitória”, sublinhou.
Além da reposição da inflação e de ganho real, os bancários reivindicam mais contratações e fim das demissões, segurança nos locais de trabalho, saúde e igualdade de oportunidades e fim do assédio moral e das metas abusivas, entre outros pontos.
Banco do Brasil
Além da Fenaban, a direção do Banco do Brasil informou que pretende chamar para nova rodada de negociação específica nos próximos dias.
BRB
Além de não se manifestar, a direção do BRB provocou ainda mais os bancários ao promover, de forma antecipada, um reajuste de 5,5% no salário-base dos bancários.
Caixa
Já a direção da Caixa também não se manifestou, o que gerou ainda mais revolta entre os empregados, que prometem endurecer muito mais o movimento.
Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação