Belém PA - O Banco da Amazônia deu uma clara demonstração de desrespeito aos seus empregados nessa terça-feira, 31 de julho, ao cancelar unilateralmente a mesa de negociação com as entidades sindicais, prevista para as 14 horas de hoje.
A instituição convocou oficialmente o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte para a primeira mesa de negociação da minuta específica dos bancários e bancárias do Banco da Amazônia no dia 25 de julho, isso após o Sindicato ter solicitado a abertura da mesa no dia 10 de julho (Ofício nº 141/2018) e reiterado o mesmo pedido no dia 17 do corrente (Ofício nº 147/2018).
Nesse segundo ofício do Sindicato foi informado ao Banco da Amazônia o calendário de reuniões do Comando Nacional da categoria bancária com a Fenaban para as negociações em torno da Convenção Coletiva de Trabalho e o banco estava ciente de que nessa quarta-feira, 1º de agosto, ocorreria a terceira rodada de negociações, momento em que a Fenaban deve apresentar proposta econômica às reivindicações dos bancários e bancárias.
A presidenta em exercício do Sindicato, Tatiana Oliveira, deixou de comparecer à reunião do Comando Nacional neste dia 31, em São Paulo, e confirmou que estaria presente nessa primeira mesa específica com o Banco da Amazônia que ocorreria na tarde de hoje.
Porém, no final da tarde de ontem (30), o Banco da Amazônia informou friamente, por e-mail, que por “conflito de agenda”, não haveria mais a mesa de negociação e remarcou a mesma para o dia 10 de agosto, às 14 horas, sem antes consultar a disponibilidade de agenda das entidades.
O fato é que o Banco da Amazônia está enrolando como pode e se recusa a abrir a mesa de negociação específica porque aguarda o desfecho das negociações gerais com a Fenaban. Mas nada impede que iniciemos as negociações específicas. Na verdade, tanto a mesa geral da Fenaban, como as mesas específicas, sempre ocorreram de forma concomitante.
Até o momento os banqueiros não apresentaram nenhuma proposta concreta para as reivindicações dos bancários e bancárias e se recusam a assinar o pré-acordo para garantir a validade da CCT vigente até o fechamento de um novo acordo entre as partes.
O Banco da Amazônia, com essa postura, só tem apontado incertezas quanto aos direitos hoje garantidos pelo Acordo Coletivo, o que não é justo com quem constrói diariamente os resultados da instituição.
Não aceitaremos passivamente esse desrespeito. Vamos intensificar as mobilizações dos trabalhadores. Vamos à luta, com muita organização e disposição, para defender os nossos direitos.
Queremos mesa de negociação já com o Banco da Amazônia!
Sindicato dos Bancários do Pará