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15 de Outubro de 2015 às 15:19

Bancários/PA completam 10 dias de paralisação com 408 agências em GREVE


Crédito: SEEB/Pará

Belém PA - A luta nacional da categoria bancária por melhores salários e condições de trabalho completa hoje (15), 10 dias em todo o Brasil. No Pará, bancários e bancárias de vários municípios do interior do Estado tem unido forças com colegas de outras unidades e organizado o movimento na sua cidade, como em São Félix do Xingu, na região sudeste, que desde ontem, parou pela primeira vez as três agências bancárias do município: Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Bradesco.

O mapa de greve dessa quinta-feira aponta que 408 agências de bancos públicos e privados aderiram ao movimento aqui no Pará, o que corresponde a 83% do total de unidades bancárias no estado. Um aumento de 19 unidades paradas em menos de 24 horas.

“É de fundamental importância para o movimento que cada bancário e bancária se conscientize da importância de se fazer a greve, pois o objetivo dela contempla toda a categoria no final. E felizmente temos percebido que a categoria bancárias está bastante esclarecida quanto a isso, tanto que esta é uma das greves mais fortes que já organizamos nos últimos anos, com mais de 80% da categoria aderindo ao movimento nacional. Todos os bancários e bancárias estão de parabéns e devem seguir na luta, pois somente assim seremos vitoriosos ao final dessa Campanha Nacional”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

A notícia de aumento de adesões à greve e fortalecimento da luta em cada município é recebida com entusiasmo por toda a categoria bancária paraense, que já está no movimento desde o dia 6.

“O Bradesco em São Félix tem pelo menos 10 anos e essa é a primeira vez que os bancários e bancárias de lá conseguem parar todas as agências. Esse belo exemplo fortalece ainda mais nossa greve e estimula mais colegas a fazerem o mesmo, pois essa luta não é de uma pessoa, mais de várias e todos tem de fazer a sua parte até quebrar o silêncio e a intransigência dos banqueiros por uma proposta decente que melhore nossa qualidade de vida e de nossa família”, avalia o diretor do Sindicato, Gilmar Santos.

Categoria nunca se fechou para o diálogo – Ao contrário do que vem sendo noticiado pela imprensa local, mais especificamente pela TV Liberal, filiada à Rede Globo, de que “a Federação Brasileira de Bancos, Febraban, informou que espera uma nova proposta por parte dos bancários para seguir com as negociações”; o Sindicato, representante legal da categoria bancária, que em nenhum momento foi procurado pela emissora de televisão local, a qual divulgou somente o lado da Federação, ratifica que a reivindicação dos bancários e bancárias é apenas uma e está com os banqueiros há quase dois meses, quando foi entregue a minuta de reivindicações.

A negociação se encontra parada por culpa dos banqueiros que até agora não apresentou nenhuma nova proposta para a categoria. A última foi no dia 25 de setembro e rejeitada por unanimidade no Pará. A Fenaban ofereceu reajuste de 5,5% para salários e vales, além de abono de R$ 2.500,00, o que nem chega perto de repor a inflação de 9,88%, e representa perdas de mais de 4% para os bancários.

Enquanto isso a greve segue por tempo indeterminado, bem como a disposição do Comando Nacional dos Bancários em negociar com a Federação.

Sua agência parou? Mande fotos do movimento – Ajude a construir nosso mural da greve pelo Estado enviando fotos do movimento em sua agência para comunicacao@bancariospa.org.br. Não se esqueça de informar também o município.

Sua agência não parou e você está sendo coagido? – Denuncie ao Sindicato pelo mesmo e-mail informado acima ou entre em contato com o setor jurídico da entidade no (91) 3344-7769. Em todos os casos, o sigilo do trabalhador é garantido.

Principais reivindicações da categoria:

Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real);

PLR: 3 salários mais R$7.246,82;

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

Fonte: Bancários PA


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