O Sindicato dos Bancários de Brasília participa ativamente da luta em defesa da CEB pública, a serviço do povo do Distrito Federal. Dirigentes da entidade se somaram na manhã desta quarta-feira (11) aos trabalhadores da Companhia Energética de Brasília, em ato na Praça do Buriti e na Assembleia Legislativa do DF, contra a privatização planejada pelo governo Ibaneis.
A assembleia/ato convocada pelo Sindicato dos Urbanitários (Stiu-DF) municiou os trabalhadores com informações acerca do processo de privatização e definiu estratégias de organização e mobilização para a defesa da empresa pública, com envolvimento de parlamentares e da população. Além das manifestações na Assembleia Legislativa e na Praça do Buriti, os trabalhadores tomaram a lateral do Eixo Monumental e interagiram com os transeuntes.
O secretário de Assuntos Parlamentares do Sindicato dos Bancários, Ronaldo Lustosa, lembrou durante a manifestação que “o apagão que atinge hoje o Amapá é exemplo do que pode acontecer no DF, caso a CEB venha a ser privatizada”.
A população do Amapá está há nove dias sem acesso a energia elétrica e, com o problema no fornecimento, a região também está sem água e internet. O rompimento no fornecimento da energia se deu quando um incêndio atingiu a principal subestação do Estado, que é controlada pela Isolux, empresa privada espanhola. Quem está atuando para o restabelecimento da energia no estado é a estatal Eletronorte.
“Não podemos permitir que Brasília venha a sofrer as consequências da privatização da CEB, temos que agir agora, já, para garantir que a empresa continue pública, prestando bons serviços à população”, reforçou Ronaldo Lustosa.
A CEB foi eleita a melhor empresa de distribuição de energia do Centro-Oeste e a sétima do Brasil. O Stiu-DF destaca em sua denúncia que “o governo Ibaneis, para atender aos interesses de grupos privados poderosos, tenta vender a estatal e permitir que a lógica do lucro fácil e rápido prevaleça sobre a prestação de serviço focada na segurança do fornecimento e na responsabilidade com os consumidores”. A consequência, diz a entidade, será a precarização do sistema elétrico, a falta de manutenção, apagões e prejuízos imensuráveis.
A representação dos trabalhadores da CEB alerta para o fato de que o caso do Amapá não é único. “Em 2018, outro apagão atingiu quase todo o país e, mais uma vez, a responsabilidade era de uma empresa privada. A chinesa State Grid deixou um prejuízo de mais de R$ 70 milhões para o Brasil”, lembra o Stiu-DF.
Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília