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22 de Agosto de 2018 às 14:15

Bancários RO fecham agência do Bradesco em protesto contra proposta da Fenaban e onda de demissões


Crédito: SEEB/RO

Porto Velho RO - Em protesto à proposta indecente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que na oitava rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, realizada durante toda a terça-feira, 21/8, em São Paulo, ofereceu um acordo de dois anos, com aumento real de apenas 0,5% em 2018 e em 2019, e com retirada de direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os bancários de todo o país realizaram, na manhã desta quarta-feira, 22/8, protestos com fechamento parcial ou total de agências bancárias.

Em Rondônia o protesto aconteceu na agência do Bradesco da avenida Sete de Setembro, no Centro de Porto Velho, com o retardamento do atendimento. A agência foi escolhida também para ser palco de um repúdio à onda de demissões promovida pelo banco que, só em Rondônia, em pouco mais de 30 dias, já demitiu, sem o menor pudor, inúmeros funcionários em todo o Estado, sendo seis somente nas agências da capital.

Na semana passada, por exemplo, duas bancárias, com mais de 30 anos de trabalho dedicado ao banco, foram demitidas no mesmo dia. Ambas com mais de 32 anos de banco e que trabalharam a vida inteira somente como bancárias.

O Bradesco é um dos cinco maiores bancos do país (mais o BB, Caixa, Itaú, e Santander), que juntos, somente no primeiro semestre deste ano já ganharam R$ 42 bilhões ou quase 18% mais que em 2017. Só o Bradesco obteve lucro líquido de R$ 10,263 bilhões, no 1º semestre de 2018 (o que representa crescimento de 9,7%, em relação ao mesmo período de 2017).

E nem esses lucros estratosféricos são capazes de sensibilizar os bancos a atenderem às reivindicações dos trabalhadores e oferecerem uma proposta decente para a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

“E os lucros do Bradesco também não inibem o desejo maligno de demitir seus funcionários e fechar postos de trabalho, mesmo que isso represente mais desemprego para o país e a piora de um atendimento que já é precário dentro das agências. Portanto esse protesto é apenas um aviso ao Bradesco e aos demais bancos, de que nós, trabalhadores, não vamos admitir demissões injustas e não vamos recuar na luta pelos nossos direitos e por índices mais justos na nossa campanha salarial”, mencionou Ivone Colombo, secretária geral do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e funcionária do Bradesco.

 

DEMISSÕES

A nível nacional, só nos últimos doze meses houve uma expressiva redução de 7.460 postos de trabalho no Bradesco, número que inclui ainda os resultados do Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), divulgado em julho de 2017 e que, de acordo com o banco, teve 7,4 mil adesões.

No período, ainda, foram fechadas 368 agências e 18 postos de atendimento (PA).

Fonte: SEEB-Rondônia 

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