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16 de Outubro de 2015 às 11:05

Bancários protestam contra diretoria do BRB, que usa a Justiça contra greve


Brasília - Em repúdio à postura inédita da diretoria do BRB que recorreu ao interdito proibitório para dificultar a greve dos funcionários do banco, dezenas de trabalhadores protestaram pacificamente na entrada do Edifício Brasília, sede da instituição, na manhã desta quinta-feira (15).

Além de distribuir o Informativo Bancário Especial BRB, os manifestantes esclareceram as dúvidas dos bancários sobre a situação atual.

Secretária-geral do Sindicato, Cida Sousa classificou a atitude do banco de ridícula e que a categoria não irá aceitar perdas salariais. “Nós queremos reposição da inflação e ganho real. A postura do banco de desvalorizar nossa proposta aumenta a insatisfação dos funcionários. Com o ato de hoje estamos fortalecendo ainda mais a nossa greve. Os funcionários do BRB merecem uma negociação séria”, enfatizou a dirigente sindical, também bancária do BRB.

Para o secretário de Estudos Socioeconômicos do Sindicato, Cristiano Severo, o problema atual no banco extrapola a pauta de reivindicação. “Isso é uma ação do próprio GDF que tem demonstrado um total desrespeito não só com o BRB, mas com todas as instituições públicas do DF, haja vista o conjunto de greves dos trabalhadores do DF contra as medidas neoliberais de Rollemberg”, destacou.

Cristiano, que também é bancário do BRB, sugeriu, ainda, uma postura diferente do banco diante do seu corpo funcional e do movimento grevista. “Em vez de buscar instrumentos de repressão, de assédio moral e de intimidação, o BRB deveria procurar dialogar e negociar para resolver o problema. No lugar do interdito proibitório, deveria empreender esforços no sentido de resolver a questão e valorizar efetivamente o seu corpo funcional.”

Alfredo Núncio, também diretor do Sindicato e bancário do BRB, convocou os colegas para se juntarem ao movimento. “Essa luta não é só por salários. Estamos aqui contra a atitude da diretoria de tentar coibir os funcionários a lutarem pelos direitos de greve e por melhores salários. Nossa luta é também pelo banco, que é público, que completou 49 anos agora em 2015 e corre o risco de não completar o aniversário de 55 anos tal qual Brasília, a permanecer este tipo de ação (ou inação) da atual diretoria”.

“Procuro participar da greve porque é a única forma que temos de lutar pelos nossos direitos. Dessa vez o que me motivou foi a falta de respeito que a diretoria do BRB teve conosco em oferecer uma proposta de 0%. Por isso, convoco todos os bancários para participar desta luta, que é muito importante”, destacou Rodrigo Soares, bancário do BRB e sindicalizado.

Na Presidência

No andar da Presidência do BRB, o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio discursou: “estamos aqui num movimento pacífico, em respeito à lei, para mostrar à direção do BRB que não será uma determinação judicial que irá nos fazer calar. O banco recorreu ao interdito proibitório para dificultar a greve. Mas não é a Justiça que determina as relações de trabalho. Está faltando competência, inteligência e criatividade à diretoria para buscar uma solução que vá ao encontro dos anseios de todos”.

Rosane Alves
Do Seeb Brasília


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