Nas nove rodadas de negociação da Campanha Nacional 2020, completadas nesta sexta-feira (21), os bancos demonstraram determinação em impor retirada de direitos e arrocho salarial aos trabalhadores.
Além de redução da PLR, retirada da 13ª cesta e corte na gratificação de função, a Fenaban propõe reajuste zero, que resulta em 2,65% de perda salarial.
O presidente do Sindicato, Kleytton Morais, lembra que a redução da PLR proposta pelos bancos significa retroceder aos patamares de 1995, quando a participação foi negociada em acordo pela primeira vez.
Só em função da retração provocada pela crise econômica decorrento da pandemia do novo coronavírus, a PLR dos bancários já será reduzida em 25%. Com a redução proposta pelos bancos, o valor cairá à metade, praticamente.
“Essa postura da Fenaban de insistir na retirada de direitos é um total desrespeito aos pactos históricos que consolidaram, ao longo de quase três décadas, a Convenção Coletiva dos Bancários de hoje. Por outro lado, diferentemente de outros setores da economia, o sistema financeiro atravessa a crise apresentando lucro e sendo hiper conservador nas provisões que esconde e muito os bons resultados já consolidados,” pontua Kleytton Morais.
A carreata deste sábado leva à população do DF a denúncia da trama que envolve banqueiros, cúpula do governo e direções dos bancos públicos nos ataques aos direitos e conquistas históricas da categoria bancária.
O protesto que acontece no DF atende à convocação do Comando Nacional dos Bancários para a realização de ações de mobilização por todo o país.
Todos e todas ao Banco Central. Concentração às 9h, rumo ao edifício do Banco do Brasil da 201 Norte. Durante a atividade, o Sindicato orienta os bancários a se mobilizarem também pelas redes sociais, usando a #CarreataDosBancáriosDF.
Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília