O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) somou-se aos 5 mil manifestantes que cuparam a Praça Ipiranga, Centro de Cuiabá, para participar do Ato Cultural em protesto contras as reformas trabalhistas e previdenciária e para cobrar Diretas Já e dizer Fora Temer. O Ato Cultural "Contra a retirada de Direitos e Fora Temer" encerrou o Dia de Greve Geral em Cuiabá, que exemplo do dia 28 de abril, parou Geral.
Para o presidente do Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa, a Greve Geral teve por objetivo alertar o Congresso Nacional, que se aprovarem as reformas a luta irá se intensificar para garantir que eles não voltem a ocupar a cadeira que hoje ocupam em nome do interesse do povo, pois com mão grande estão retirando os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. “Fica uma aviso aos parlamentares de Mato Grosso. Se eles votarem a favor da reforma trabalhista estarão prejudicando a classe trabalhadora. E isso não vai ficar assim. Não vamos arredar o pé da rua. Não vamos dar um minuto de descanso a esse Governo ilegítimo que quer rasgar a CLT e acabar com os nossos direitos. Só luta nos garante”, afirmou.
Alex Rodrigues, destacou os prejuízos para a categoria bancária se essas reformas forem aprovadas. "Todos os direitos que a categoria bancária possui atualmente, frutos de muitas greves nacionais, como Jornada, PLR, licença paternidade e de maternidade, como o próprio no Acordo Coletivo está em risco. A Greve é por Direitos, nossa pauta agora não é por conquista, é para não perdermos. Hoje, se não perdermos vai significar uma enorme conquista", avalia o secretário geral do Sindicato.
Avaliação do dia 30 de Junho
“Não podemos sair das ruas. Precisamos continuar dialogando com os trabalhadores e trabalhadoras para que entendam o que a reforma significa. Não vai ter carteira de trabalho, a CLT será rasgada, não terá concurso público, não teremos férias e nem aposentadoria. Portanto, é preciso lutar, exigir diretas Já e Fora Temer”, disse o secretário de Asssuntos Intersindicais e Sociais e presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT), João Luiz Dourado.
O presidente da CUT MT agradeceu a participação das categorias presentes e reafirmou a resistência e a teimosia na defesa dos direitos da classe trabalhadora. "A CUT MT estará todos os dias lutando contra as reformas da Previdência e trabalhista. As categorias independentes de Central está entendo a importância da unidade . Só na rua e com unidade que teremos força para barrar esses ataques à classe trabalhadora”, finalizou ressaltando que "Juntos somos Fortes".
Entenda mais sobre a Reforma Trabalhista e da Previdência
A proposta de Reforma da Previdência, do governo golpista, Michel Temer, estabelece a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e acaba com a diferença de critérios entre homens e mulheres no acesso aos benefícios, do campo ou da cidade. Os militares, bombeiros e policiais estão fora dos planos de Temer apesar de serem responsáveis por 45% do chamado déficit do setor.
Além da reforma da Previdência, o atual governo, também pretende acabar com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), representada na proposta de sobrepor o negociado ao legislado nas negociações trabalhistas.
O texto da reforma trabalhista aprovada pela Câmara e que tramita no Senado altera vários pontos da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT):
Ratifica que patrões e empregados podem fazer acordos que prevalecem sobre a lei.
Abre ainda a possibilidade de parcelamento de férias, jornadas de trabalho mais flexíveis e longas e o fim da contribuição sindical obrigatória.
Mantém o prazo de validade de dois anos para os acordos coletivos e as convenções de trabalho, vedando expressamente a ultratividade (aplicação após o término de sua vigência).
Cria ainda duas modalidades de contratação: a de trabalho intermitente, por jornada ou hora de serviço, e também o home office.