Notícias

home » notícias

7 de Dezembro de 2016 às 17:37

Bancários paralisam atividades de agências do BB em Brasília, contra reestruturação


Crédito: Reprodução

Brasília - Os bancários e bancárias do Banco do Brasil paralisaram, nesta quarta-feira (7), as atividades de 12 agências que estão entre as 22 previstas para serem fechadas em Brasília. O protesto fez parte do Dia Nacional de Luta contra a reestruturação, que ocorreu em todo país para alertar a população para o desmonte do BB.

As agências paralisadas no DF foram as do Pátio Brasil, Ministério dos Transportes, Postalis (SCS), Correios (sede), SIG, 502 e 406 Sul, Ceasa, Guará II e Agência Nacional de Águas (ANA); e outras duas no Entorno -- Luziânia e Santo Antônio do Descoberto. Todas elas são lucrativas e atendem um grande número de clientes e usuários. É o caso, por exemplo, da agência da Ceasa, que atende os comerciantes de toda aquela redondeza, inclusive da Feira dos Importados.

No total, no DF está previsto o fechamento de 18 agências -- Ministério da Cultura, Receita Federal, Setor Autarquias Sul, Serrana (Sobradinho), Funasa/DF, Setor Autarquias Norte, Mex – CMP, Ibama, Vila Militar, além das mencionadas. E quatro serão transformadas em Posto de Atendimento (PAB) -- Postalis , Tribunais, Forças Armadas e FAB – 6º Comar.

Aliás, a transformação de agências em PABs também preocupa os funcionários e terceirizados dessas unidades, que estão temerosos quanto ao futuro, já que a dinâmica de funcionamento desses estabelecimentos são bastante diferentes, bem como o número de funcionários que se exige.

A reestruturação tem o claro objetivo de precarizar o trabalho dos bancários para criar condições que o governo Temer quer para privatizar o BB. Além de prejudicar a população, inclusive com o aumento de filas e demora no atendimento, o fechamento das agências e o corte de funcionários representam a sobrecarga de trabalho e o adoecimento.

Sob o comando do governo Temer, o BB anunciou o fechamento de 402 agências em todo o país e a transformação de outras 379 em postos de atendimento. O processo envolve cortes de mais de 9 mil postos de trabalho e vai provocar redução salarial de milhares de funcionários, caso estes não forem realocados.

Na mesa de negociação, realizada na quinta-feira (1º), o banco se recusou a passar informações aos representantes dos trabalhadores sobre a reestruturação e também não esclareceu claramente o que vai acontecer com aqueles que não conseguirão realocação.

Apesar de argumentar que há necessidade de corte de despesas para justificar a reestruturação, os números revelam o contrário. O lucro líquido elevado nos últimos anos indica que a instituição obteve excelentes resultados financeiros. Em 2011 (R$ 12 bilhões); em 2013 (R$ 15 bilhões); em 2015 (R$ 14 bilhões); e, em 2016, mesmo com a recessão econômica, o lucro foi de R$ 7 bilhões (nos primeiros nove meses do ano).

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


Notícias Relacionadas