Em greve há 17 dias, os bancários fecharam nesta quinta-feira (22) o Matriz I da Caixa, prédio que abriga a presidência do banco, em protesto contra a falta de proposta da empresa para a pauta de reivindicações específicas dos empregados.
Entre os principais eixos, os empregados cobram mais contratações, fim das reestruturações, volta das funções gratificadas de caixa executivo e adicional de insalubridade dos avaliadores, além de defenderem a Caixa 100% pública.
“Além de lutar por reajuste digno, queremos melhores condições de trabalho e de atendimento à população”, afirmou o diretor da Contraf-CUT Enilson da Silva, que também é bancário da Caixa. “Em vez disso, numa demonstração de total descaso e falta de respeito, a direção da Caixa ainda não apresentou nenhuma proposta”, ressaltou o dirigente. “Mas vamos pressionar ainda mais até que nossa pauta seja atendida”.
Em defesa das empresas públicas
Durante o ato, diretores do Sindicato e da Fetec-CUT/CN reforçaram o posicionamento do movimento sindical em defesa das estatais brasileiras e contra os ataques à classe trabalhadora promovidos pelo governo Temer, uma das bandeiras do Dia Nacional de Paralisação e de Mobilização realizado também nesta quinta, em todo o país, com a participação de trabalhadores de diversas categorias.
Convocados pelas principais centrais sindicais do Brasil, entre as quais a CUT, e as entidades que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, os protestos tiveram entre os objetivos reforçar a importância das empresas públicas para o Brasil e ampliar a discussão sobre o direito à educação, saúde, moradia, transporte e segurança, numa espécie de esquenta para a mobilização em defesa das conquistas trabalhistas.
Rosane Alves
Do Seeb Brasília