Os bancários do Pará realizaram ato público nesta terça-feira 31 em frente à agência do Banpará, na avenida Presidente Vargas, em Belé, para pedir ugência ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), para as reivindicações da categoria sobre o funcionamento das agências bancárias no Pará. Na segunda 30, as entidades protocolaram ofício no gabinete do Governo com o mesmo pedido e solicitando reunião com o governador. A vice-presidenta do Sindicato, que também é bancária da Caixa, Tatiana Oliveira, e as dirigentes Vera Paoloni (Banpará) e Rosalina Amorim (Banco do Brasil), participaram do ato.
"O governador Helder Barbalho, que junto com outros governadores tem enfrentado o presidente Bolsonaro em algumas medidas de relaxamento ao isolamento social, não pode se contradizer em seu próprio Estad e colocar em risco a vida dos bancários e da população paraense", afirma Cleiton dos Santos, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN).
“Sabemos do caráter social também de alguns bancos, como a Caixa, mas a população tem ido em massa até as agências em busca de atendimento. A maioria dos casos poderiam ser resolvidos pelos canais alternativos. Por isso, insistimos que o Governo do Pará decrete um horário reduzido de atendimento ao público, e que antes de o cliente ou usuário ir até o banco, que ele agende por telefone, ou pelos canais digitais. A vida vale mais que a economia”, destaca Tatiana Oliveira.
O Sindicato tem recebido fotos de agências bancárias com aglomerações de pessoas do lado de fora, sem qualquer tipo de distanciamento.
“O colega que está no atendimento ao público corre risco de contaminação e, para piorar, muitos bancos não têm disponibilizado álcool em gel, máscaras e luvas. Não dá para contar somente com o bom senso da população, é preciso medidas mais eficazes para evitar essas aglomerações que temos visto com frequência. Já avançamos em algumas medidas de prevenção, mas a categoria bancária precisa de uma redução mais significativa no atendimento presencial. Bancos são caixas com ar refrigerado e essas caixas não podem estar lotadas, sob pena de se transformarem em pontos de contágio”, diz Vera Paoloni.
No dia 17, antes do primeiro caso de coronavírus no Pará, o Sindicato encaminhou oficio ao Banpará, cobrando as medidas de prevenção e uma reunião para debater a pandemia.
Dois dias depois, as entidades sindicais foram recebidas e apresentaram as propostas de prevenção. Banará ficou de responder até sexta (20).
Ainda na quinta-feira (19), dirigentes sindicais se reuniram com a superintendência do Banco do Brasil em Belém.
Também no dia 19,o Sindicato se reuniu com a gerência regional do Bradesco.
Na sexta-feira (20), o Sindicato fez um apelo ao Governador do Pará, Helder Barbalho, por meio de uma carta aberta.
Na mesma sexta-feira, após a confirmação do segundo caso no Pará, que foi uma bancária da Caixa, o Sindicato acompanhou as medidas de prevenção e isolamento social.
Na terça-feira (24) foi a vez de o Banco da Amazônia apresentar as medidas de prevenção.
Também na terça, o Sindicato disponibilizou ofícios para serem baixados e entregues às Vigilâncias Sanitárias dos municípios para fiscalizarem as unidades bancárias quanto às medidas de prevenção.
No dia seguinte, outro documento foi publicado no site do Sindicato destinado às prefeituras também como forma de combater o avanço da epidemia.
Nos bancos privados, os cuidados estão sendo discutidos com o Comando Nacional dos Bancários em São Paulo.
Hoje, com 32 casos confirmados de coronvírus no Pará até o fechamento dessa matéria e já com a presença de transmissão comunitária, o Sindicato fez o ato público e iniciou outra série de mensagens por carros de som em Belém, Marabá e Santarém.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Bancário PA