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17 de Agosto de 2018 às 14:50

Bancários DF cobram revogação da CGPAR 23 em ato no Ministério da Fazenda


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Em mais uma atividade em defesa das empresas públicas e dos planos de saúde dos empregados das estatais, bancárias e bancários de todo o país realizaram um grande ato na manhã desta quarta-feira (15). Em frente ao Ministério da Fazenda, dezenas de trabalhadores cobraram a revogação das resoluções que ameaçam o direito à saúde e abrem caminho para os planos de saúde de mercado. 

Durante a atividade, representantes de diversas categorias e entidades reforçaram a posição dos trabalhadores contra os ataques da resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), mais uma tentativa do governo ilegítimo de Michel Temer de retirar direitos conquistados a partir de muita luta.

Presidente do Sindicato e integrante do Comando Nacional dos Bancários, Eduardo Araújo lembrou que “os lucros bilionários alcançados pelos bancos públicos também são fruto do empenho dos bancários e bancárias em todo o Brasil. Não estamos pedindo favor, estamos exigindo que nosso direito à saúde seja respeitado”. 

“Precisamos lembrar que esta resolução pode acabar com diversos planos de saúde de autogestão que, inclusive, desempenham um papel social importante, já que não segregam os usuários. Já o mercado, que está ganhando espaço com o governo ilegítimo, expulsa idosos e deficientes, além de estabelecer planos coletivos que deixam os trabalhadores na mão justo quando mais precisam”, destacou o diretor eleito da Cassi, Humberto Almeida. 

Diretora da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Maria Gaia reforçou a insatisfação dos trabalhadores diante da política perversa adotada por Temer. “Não bastassem os ataques à democracia, à CLT e à aposentadoria, este desgoverno tenta nos sufocar com uma política de arrocho salarial, que retira dos trabalhadores para fazer superávit”, destacou Gaia.

“As resoluções da CGPAR têm o objetivo de promover um verdadeiro desmonte dos planos de saúde de autogestão das empresas públicas. Aqueles empregados que se aposentam perdem o direito ao plano de saúde justamente no momento que mais precisam. Os novos funcionários também não terão mais direito ao plano de saúde. Os trabalhadores precisarão migrar para o mercado privado ou irem para o SUS”, alerta a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Sindicatos que não puderam participar da atividade em Brasília realizaram atos em suas bases sindicais.

Revogação das resoluções da CGPAR

Além dos atos desta quarta-feira, os trabalhadores buscam a revogação das resoluções da CGPAR pela via legislativa com o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018), de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF). Por meio de uma enquete da Câmara dos Deputados, os bancários podem concordar com o projeto da deputada, que visa sustar as resoluções da CGPAR. Participe!


Joanna Alves
Do Seeb Brasília


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