Brasília - O Sindicato promoveu nesta sexta-feira manifestações na região central de Brasília, em busca de maior envolvimento da sociedade na mobilização dos bancários e demais trabalhadores de estatais, em defesa do patrimônio público, das riquezas naturais do nosso país e da soberania nacional.
No final da manhã, dirigentes do Sindicato, delegados sindicais e ativistas da categoria se concentraram em frente à agencia do BRB do Setor Comercial Sul para interagirem com os cidadãos e cidadãs que por ali transitam e abordarem a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento econômico e social do país, numa convocação para a luta contra as privatizações. Estiveram presentes dirigentes do Sindicato dos Urbanitários, que buscam apoio da população do DF contra a privatização das Centrais Elétricas de Brasília (CEB).
A atividade contou com apresentação do músico Rene Bomfim, da banda Caco de Cuia. Os bancários distribuíram panfletos à população, destacando que 65% das agências bancárias do DF são de bancos públicos e que 91% das operações de créditos ativas e 100% dos financiamentos imobiliários no Distrito Federal são oferecidos por essas instituições. Foram apontados ainda diversos outros serviços e benefícios levados à população pelo BRB, Banco do Brasil e Caixa.
No meio da tarde, os bancários fizeram panfletagem na rodoviária do Plano Piloto.
A mobilização da categoria e da sociedade em defesa dos bancos públicos, das demais estatais e da soberania nacional segue entre as ações prioritárias do Sindicato.
Confira, a seguir, trechos da intervenção do presidente do Sindicato, Kleytton Morais, durante a manifestação em frente ao BRB:
“Nosso papel é dialogar, buscar trazer para a população que o ataque às estatais é um ataque deliberado ao povo brasileiro e ao povo brasiliense. A defesa que fazemos dos bancos públicos – BB, Caixa, BRB, BNDES, Basa, BNB – coloca em destaque a importância dessas instituições para o Brasil e para os brasileiros”.
“A gente aproveita também para desmistificar o discurso desse governo que seqüestra sonhos e ilusões. A tese desse governo e do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a privatização faz bem, que a privatização prospera, é coisa de elite atrasada e entreguista. Lembramos que entre as cem maiores empresas do mundo, 60% são estatais. Até mesmo a Volkswagen tem 20% do seu capital controlado pelo Estado alemão. Estruturas que estão entre os maiores bancos mundiais, os bancos chineses, são 100% públicas”.
“Do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico e do ponto de vista dos resultados, a ineficiência do sistema financeiro público não passa de falácia que visa a concentração no setor privado”.
“Defender os bancos públicos e as estatais é defender um projeto de inclusão dos brasileiros e brasileiras, é defender a indústria nacional, é defender a geração de emprego, é defender a nossa soberania, é defender o Brasil”.
Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília